Conhecida por plásticas, socialite volta aos jornais por polêmica
Jocelyn Wildenstein é uma socialite suíça muito lembrada por causa de suas inúmeras cirurgias plásticas, que a deixaram praticamente irreconhecível. Nesta quarta-feira, 7, ela voltou a virar notícia por supostamente ter agredido seu namorado, o estilista Lloyd Klein.
De acordo com o site PageSix, ela teria arranhado Lloyd e o apunhalado no peito com uma tesoura. Segundo testemunhas, a polícia chegou ao prédio em que eles estavam de madrugada, e levou Jocelyn sob acusações de agressão.
A imprensa internacional costuma chamar Jocelyn de “mulher-gato” por causa de seus traços pós-cirurgia. Estima-se que ela já investiu cerca de R$ 8.480.000 em plásticas. Por isso, ela é um caso que levanta o debate sobre a busca sem limites pela perfeição estética.
O site Olhar Vital consultou duas especialistas sobre essa questão: Luciana Sander, psicóloga-clínica e pesquisadora do Instituto de Psiquiatria (IPUB) da UFRJ, e Talita Franco, professora titular de cirurgia plástica da Faculdade de Medicina da UFRJ.
Sander diz que a falta de limites para atingir o padrão estético pode ser considerada um sintoma de desequilíbrio psicológico, mas afirma que embora as motivações para as cirurgias estéticas sejam singulares, “o pano de fundo” é a cultura. Ela observa que a sociedade contemporânea vive uma busca excessiva de perfeição – então, de certa forma, esse culto exagerado à beleza é culpa de uma cultura do consumo, que valoriza a imagem. “Ao psicólogo cabe auxiliar o indivíduo a melhorar sua autoestima, habilidades sociais, conhecer a si mesmo e suas reais motivações. O limite, para que se perceba quando o paciente está com problemas psicológicos em relação a esse problema com sua imagem, se dá quando começam a ser percebidos certos excessos e isso se torna uma angústia incontrolável”, ela aponta.
Talita Franco, por sua vez, aponta que hoje em dia é cada vez mais seguro fazer uma cirurgia plástica. “O que às vezes acontece é a mentalidade de normalidade no sentido de fazer a cirurgia. No entanto, se a pessoa possuir indicação e condições clínicas, não há por que não fazer. Deve-se, porém, ter cuidado com os procedimentos que não são corretos”, ela explica. E é também papel do médico avaliar a prudência de uma intervenção estética, de acordo com o quadro clínico do paciente. “Cada pessoa tem que saber até que ponto algo está incomodando a ponto de fazer um procedimento cirúrgico. É a decisão do paciente. Até que ponto o desejo do paciente pode ser seguido já é uma decisão do médico. Deve haver a negociação entre o que o paciente quer e o que o médico pode oferecer”, completa.
Saiba mais no site Olhar Vital.