Consumo de azeite reduz risco de demência, diz estudo

Consumir mais de meia colher de sopa de azeite por dia contribui para a diminuição do risco de morte por demência

Estudo reforça a evidência de que o uso de azeite pode contribuir para uma dieta mais saudável e reduz risco de demência – iStock/Getty Images
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Estudo reforça a evidência de que o uso de azeite pode contribuir para uma dieta mais saudável e reduz risco de demência – iStock/Getty Images

O consumo regular de azeite de oliva pode diminuir significativamente as chances de desenvolver demência e Alzheimer, assegura estudo divulgado pela Sociedade Americana de Nutrição.

De acordo com a pesquisa, o consumo de meia colher de azeite está associado a um risco 28% menor de morte em decorrência da demência. A descoberta abre novas possibilidades para prevenir ou atrasar a progressão de doenças devastadoras por meio de hábitos cotidianos.

O que mostra o estudo?

Para a PhD na escola Chan de Saúde Pública, Anne-Julie Tessier, o estudo reforça a importância do consumo de óleos vegetais, como o azeite, destacando que essa escolha não apenas apoia a saúde do coração, mas também pode beneficiar a saúde do cérebro.

A especialista pontua ainda que, substituir gorduras como margarina e maionese por azeite natural, também ajuda a reduzir o risco de demência.

Pioneiro ao investigar a relação entre dieta e morte relacionada à demência, o estudo levou em conta respostas indicadas em questionários dietéticos e registros de óbitos de mais de 90 mil americanos durante 30 anos, dos quais 4.749 participantes morreram de demência.

“Alguns compostos antioxidantes no azeite podem atravessar a barreira hematoencefálica, potencialmente tendo um efeito direto no cérebro”, disse Tessier. “Também é possível que o azeite tenha um efeito indireto na saúde do cérebro, beneficiando a saúde cardiovascular”, explica a especialista.

Azeite x Demência

Consumir mais de meia colher de sopa de azeite por dia contribui para a diminuição do risco de morte por demência em comparação aqueles que raramente ou nunca consumiam azeite, apontam os resultados do estudo.

Apesar disso, a especialista pontua que o declínio cognitivo sozinho geralmente não é o responsável pelo óbito, mas as complicações da demência podem agravar inúmeros problemas de saúde.

Estudos adicionais, como ensaios controlados randomizados, ainda são necessários para confirmar os efeitos e determinar a quantidade ideal de azeite a ser consumida para obter esses benefícios. No entanto, o estudo está alinhado com as recomendações dietéticas e reforça a evidência de que o uso de azeite no lugar de outros produtos pode contribuir para uma dieta mais saudável.