Consumo de ultraprocessados potencializa risco de câncer de ovário

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Pobres em nutrientes, alimentos ultraprocessados geralmente carregam muitos aditivos, sabores artificiais, cores, adoçantes e conservantes e podem estar relacionados ao câncer de ovário.

Em meio aos diversos estudos que se debruçam para entender as consequências do consumo de alimentos ultraprocessados, fast-foods e afins, um pesquisa descobriu uma nova relação entre maus hábitos alimentares e o aumento de câncer em duas regiões específicas: ovário e cérebro.

Por isso se pizza congelada, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo fazem parte do seu cardápio com frequência? Este pode ser um bom momento de rever os seus conceitos.

Pobres em nutrientes, esses alimentos geralmente carregam muitos aditivos, sabores artificiais, cores, adoçantes e conservantes.

Não por acaso, pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres observaram a ligação entre os ultraprocessados e esses dois tipos específicos de câncer. Os resultados foram identificados após avaliação da  dieta de quase 200.000 adultos de meia-idade por um período de 10 anos no Reino Unido.

Revisado e publicado na revista Clinical Medicine do Lancet, o levantamento identificou que esses alimentos estão associados a um risco aumentado de morrer de câncer. O risco de óbito causado por câncer de ovário, por exemplo, foi 30% maior nas pessoas que comiam mais alimentos processados, segundo a pesquisa.

De acordo com os autos do levantamento, dos 197.426 indivíduos que participaram do estudo, cerca de 15.921 desenvolveram câncer. E ocorreram 4.009 mortes relacionadas à doença. “Para cada aumento de 10% nos alimentos ultraprocessados ​​na dieta de uma pessoa, houve um aumento de 2% na incidência de câncer em geral e um aumento de 19% no câncer de ovário especificamente”, informou o Imperial College London em um comunicado.

Não está claro, entretanto, por que houve um aumento particularmente alto na incidência de câncer de ovário – no entanto, pesquisas separadas encontraram uma associação entre a doença e a acrilamida, um produto químico industrial formado durante procedimentos de cozimento em alta temperatura.