CoronaVac deve estar disponível para vacinação em janeiro, diz Butantan
O governo de São Paulo recebeu hoje um novo lote com 600 litros de insumos para fabricação da vacina
A CoronaVac, vacina contra covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, deve estar disponível para ser aplicada na população em janeiro de 2021. A afirmação foi feita nesta manhã, 3, pelo diretor do órgão, Dimas Covas
“A vacina estará disponível e o registro na Anvisa, acredito eu, também estará disponível. Então, poderemos iniciar um programa em janeiro, acredito, de vacinação”, disse em entrevista à GloboNews.
O diretor do Instituto Butantan também afirmou que a vacina está muito próxima de obter o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e descartou a necessidade de solicitação para uso emergencial.
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O imunizante se encontra na fase final de testes clínicos em humanos no Brasil e deverá ter os resultados de eficácia anunciados ainda na primeira quinzena de dezembro.
O governo de São Paulo firmou acordo para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac e para a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan fabricar o imunizante.
Doses da CoronaVac
O governo de São Paulo recebeu nesta manhã 600 litros a granel da vacina Coronavac, o que corresponde a um milhão de doses. Com esta remessa já são 1,2 milhão doses enviadas pela farmacêutica chinesa Sinovac ao estado.
A vacina a granel veio em um voo comercial da Swiss Air Lines que fez escala em Zurique (Suíça), antes do desembarque no aeroporto internacional de Guarulhos.
O insumo foi acondicionado em três bags de 200 litros cada, colocados em um equipamento refrigerado a temperaturas de 2 ºC a 8 ºC. A matéria-prima será envasada pelo Butantan em frascos multidoses, conforme a configuração utilizada nas campanhas de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O processo de envase desta primeira remessa de insumos deve levar de quatro a sete dias e envolverá, diretamente, cerca de 40 colaboradores do Butantan. A produção será ininterrupta.
O lote ainda passará por testes que vão aferir e validar a qualidade do produto e também do processo produtivo.
Já a disponibilização para a população ocorrerá somente após a comprovação da eficácia, que deverá acontecer após a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos e posterior aprovação e registro por parte da Anvisa.