Correr é a melhor arma contra a depressão, afirma estudo

Em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno

Para além do bem-estar físico, correr também contribui para a saúde mental, reparando os danos da depressão – iStock/Getty Images
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Para além do bem-estar físico, correr também contribui para a saúde mental, reparando os danos da depressão – iStock/Getty Images

Em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde.

Diante da profícua produção de pesquisa sobre o tema, um estudo apresentado na Conferência do Colégio Europeu de Psicofarmacologia, em Barcelona, na Espanha, descobriu que praticar corrida pode ser tão eficiente quanto o uso de antidepressivos para o equilíbrio da saúde mental.

Durante o experimento desenvolvido por Brenda Penninx, da Universidade de Vrije, na Holanda, que monitorou 141 pacientes durante 16 semanas, pesquisa comparou os efeitos de ambos os tratamentos no combate à depressão e ansiedade, e os resultados surpreenderam.

Foi oferecida a eles a escolha do tratamento: antidepressivos ou terapia de corrida em grupo. O interessante é que a maioria, 96 pacientes, optou pelos exercícios físicos.

Corrida contra a depressão

Pra além do bem-estar físico, a corrida também contribui para a saúde mental. Isso porque a prática afeta diretamente o estilo de vida sedentário, comum em pacientes com transtornos depressivos e de ansiedade, incentivando as pessoas a saírem de casa e participarem de atividades em grupo.

Antidepressivos

Apesar da ampla divulgação dos remédios, os antidepressivos, por outro lado, não apresentaram impacto direto nos hábitos diários dos pacientes, conforme destacado por Brenda Penninx.

Mas apesar de sua eficácia, alguns pacientes apresentaram uma pequena piora nos marcadores metabólicos, como peso, pressão arterial e frequência cardíaca.

“Descobrimos que a maioria das pessoas adere ao uso de antidepressivos, enquanto cerca de metade do grupo de corrida aderiu à terapia de exercícios duas vezes por semana. No entanto, os nossos resultados sugerem que a implementação da terapia com exercícios é algo que deveríamos levar muito mais a sério.”, explicou Penninx.

Qual a melhor opção?

A conclusão do estudo é que há espaço para ambas as terapias no tratamento da depressão e ansiedade. A adesão ao tratamento é um fator crucial, e cada paciente deve ser orientado a escolher aquilo que melhor se adapta ao seu estilo de vida e preferências.

O desafio de mudança de hábitos é grande, e é necessário incentivo e supervisão adequados. Seja a corrida ou o uso de antidepressivos, o importante é sempre buscar ajuda e iniciar o tratamento o quanto antes.