Criança diagnosticada inicialmente com constipação tem câncer raro

Veja os sinais e sintomas do tumor, que é mais comum em crianças

Uma menina de 4 anos foi diagnosticada com um câncer raro e agressivo no abdômen após reclamar de dores. Os médicos incialmente suspeitaram de constipação ou apendicite, mas os exames revelaram um tumor com o tamanho aproximado de  uma bola de futebol.

“O médico pensou que poderia ser constipação, então, nós tratamos, mas, três dias depois, a rigidez em seu abdômen se transformou em um nódulo perceptível”, contou a mãe da pequena Beau, Shirley Hepworth, em entrevista ao The Sun.

Menina é diagnosticada com câncer raro
Créditos: reprodução/The Sun
Menina é diagnosticada com câncer raro

O tipo de tumor diagnosticado na menina é um neuroblastoma de alto risco no estágio 4, muito avançado. Esse câncer afeta principalmente crianças menores de 5 anos.

Crianças com a doença têm 50% de chance de sobrevivência, uma das menores taxas de sobrevivência de todos os cânceres infantis.

A menina passou por exames após sentir dores na barriga
Créditos: reprodução/The Sun
A menina passou por exames após sentir dores na barriga

Beau já está na fase final do tratamento, que durou três meses. Apesar do tumor estar em remissão, ela ainda corre risco de vida.

Sintomas do neuroblastoma

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os sinais e sintomas podem variar conforme a localização do tumor. O neuroblastoma pode surgir na glândula adrenal e/ou nas regiões cervical, torácica, abdominal e/ou pélvica, seguindo o trajeto de toda a cadeia do sistema nervoso simpático.

O local mais frequente para o aparecimento desse tumor é o abdômen, correspondendo a 65% dos casos, principalmente na glândula adrenal.

Um dos sintomas mais comuns do neuroblastoma no abdômen é um grande nódulo palpável ou inchaço. A doença também pode provocar inchaço nas pernas, parte superior do tórax, pescoço ou rosto, problemas respiratórios, perda de peso, hematomas ao redor dos olhos, dor nos ossos e dificuldades engolir.

O tratamento para a doença  são definidos de acordo com os dados clínicos e na classificação do paciente em grupo de risco.

Os pacientes identificados como grupo de baixo risco são encaminhados para tratamento local com cirurgia. Aqueles com grupo de risco intermediário terão indicação de quimioterapia sistêmica associada à cirurgia; e os com grupo de alto risco receberão tratamento intensivo com quimioterapia em altas doses seguido de cirurgia, transplante autólogo de medula óssea, uso de ácido retinoico e imunoterapia.