Por que a ‘cruzadinha’ ajuda a prevenir o Alzheimer?

As cruzadinhas são uma excelente ferramenta para manter a mente ativa e saudável, especialmente quando se trata de prevenir doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

Estudos científicos apontam que atividades cognitivas, como a resolução de cruzadinhas, podem ajudar a retardar ou até prevenir o declínio mental associado a esse tipo de demência.

Experimento realizado pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, e publicado no International Journal of Geriatric Psychiatry, investigou  recentemente os efeitos de atividades que estimulam o cérebro, como palavras cruzadas e quebra-cabeças, sobre a saúde mental de idosos.

A pesquisa acompanhou mais de 19 mil pessoas com idade média de 64 anos e concluiu que aquelas que realizavam regularmente atividades desafiadoras para o cérebro, como as cruzadinhas, apresentavam uma memória de curto prazo e habilidades de raciocínio significativamente melhores do que as que não participavam dessas atividades.

O estudo mostrou que a prática regular de desafios mentais poderia atrasar o declínio cognitivo em até 10 anos.

Por que a cruzadinha previne o Alzheimer?

Isso acontece porque o cérebro, assim como os músculos, precisa de estímulo constante para se manter em forma. Resolver cruzadinhas ativa áreas cerebrais responsáveis pela linguagem, memória e raciocínio lógico, forçando o cérebro a buscar informações, formar conexões entre conceitos e solucionar problemas.

Esse exercício cognitivo regular promove a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas sinapses, o que fortalece as reservas cognitivas.

Assim, especialistas do campo da neurologia acreditam que, ao engajar o cérebro em atividades como as cruzadinhas, podemos contribuir significativamente para a proteção contra o declínio cognitivo e a prevenção de doenças como o Alzheimer.

Por isso, a prática regular dessas atividades é uma forma simples e divertida de manter o cérebro saudável e ativo por mais tempo.