Cuidado! Esses 5 erros ao escovar os dentes podem te prejudicar
Dentista esclarece dúvidas comuns sobre a higiene bucal; veja os principais erros cometidos na hora da escovação
Um ato rotineiro, mas que gera muitas dúvidas. Escovar os dentes, apesar de simples, se não for feito da maneira correta pode levar a uma série de problemas de saúde bucal que vão muito além do surgimento de mau hálito.

“As pessoas acabam se preocupando muito com a questão do hálito, então escovam de maneira muito rápida ou com muito creme dental apenas para espantar o mau cheiro. Mas isso não basta para manter a saúde bucal. A escovação deve seguir uma ordem correta para ser de fato efetiva”, comenta a dentista Luciana Bruzadin, em artigo divulgado pela Kess.
Segundo a profissional, a escovação adequada previne cáries, preserva o esmalte dental, combate a gengivite e evita o desgaste dentário. “A falta de higiene bucal pode trazer muitos problemas. E como eu sempre digo: um gesto simples pode evitar uma grande dor de cabeça. Ou melhor, de dente!”, brinca.
- Olheiras: o que elas podem revelar sobre sua saúde
- Neurocirurgião alerta que insônia aumenta em até cinco vezes o risco de AVC
- iFood e Cyrela oferecem mais de 5 mil bolsas para Encceja 2025
- Como seus hábitos diários afetam a saúde dos rins
5 erros comuns ao escovar os dentes
Excesso de creme dental
Excesso de creme dental não significa uma limpeza mais eficaz. Na verdade, o ideal é usar a quantidade certa para cada fase da vida:
- Crianças pequenas: metade de um grão de arroz;
- Crianças mais velhas e adolescentes: um grão de arroz inteiro;
- Adultos: o equivalente a um grão de ervilha.
“O exagero pode gerar muita espuma e dar a falsa sensação de limpeza, fazendo com que a escovação dure menos do que o necessário”, alerta Luciana.
Não usar fio dental todos os dias
Tão importante quanto a escovação, o uso do fio dental é essencial para alcançar os restos de comida entre os dentes em que a escova não consegue. “Além disso, ele é responsável por remover as placas bacterianas, ajudando no combate a cáries”, explica.
A profissional indica o uso após toda refeição. “Mas se não for possível, ao menos uma vez ao dia é obrigatório, preferencialmente na última escovação do dia”. E um alerta importante: “Fio dental e escova de dente andam juntos. O uso de um, não elimina o outro!”
Esquecer de escovar a língua
A língua também precisa ser higienizada, pois acumula bactérias que podem causar mau hálito e até contribuir para cáries e gengivite.
“Muitas pessoas negligenciam essa etapa, mas ela é fundamental para evitar problemas bucais. Uma língua limpa significa uma boca saudável! Investir em um limpador específico para essa área, torna a higiene ainda mais completa”, explica.
Momento e ritmo da escovação
“É importante escovar os dentes após as refeições, mas não imediatamente”, alerta. De acordo com Luciana, o tempo recomendado para fazer a escovação após as refeições é de trinta minutos. “É importante respeitar esse tempo para o pH da boca se equilibrar.”
Outra questão que a profissional destaca é a duração da escovação. “Cerca de dois a três minutos é o ideal para uma escovação efetiva. Menos do que isso, não é possível limpar todos os cantos da boca de maneira correta”, pontua.
Por último, ela chama atenção para a força que é colocada na escovação: “Muita força pode desgastar o esmalte do dente, causando sensibilidade.”
Escolha da escova de dentes
Para escolher a escova de dente é preciso levar em consideração o tipo de cerda, o tamanho da cabeça, o formato do cabo e até mesmo o tipo de limpeza. “As escovas com grande quantidade de cerdas, por exemplo, conseguem abranger muito mais do dente do que um modelo comum, permitindo alcançar lugares mais difíceis, que costumam acumular muita sujeira”, afirma. “Uma escova dentária comum, possui, no máximo, mil cerdas. Mas existem modelos no mercado que chagam a 10 mil. Quanto mais, melhor”, indica.
A profissional ressalta que, ao optar por um modelo como este, o contato com os dentes e gengivas acaba sendo muito mais suave. “Esse volume de cerdas vai reduzir e amortecer a força que colocamos na escovação e, consequentemente, proteger as partes mais sensíveis da boca, como as gengivas”, finaliza.