Cuidado não parental: Conheça efeitos em crianças de 0 a 2 anos
Quais as consequências sobre crianças pequenas que passam por cuidados não parentais ?
Nos dias atuais, assumir a responsabilidade da paternidade e maternidade abre caminho para inacabáveis perguntas. Afinal, não ter outra opção que não seja terceirizar os cuidados do filho a creches, escolas, cuidadores ou familiares não é uma decisão fácil.
Isso porque esse tipo de cuidado e educação na primeira infância é fundamental para o desenvolvimento das criança. Por isso, entender o impacto desses serviços para garantir sua acessibilidade e qualidade é um tema de debate indispensável para pais e mães.
Afinal, quais as consequências sobre crianças pequenas, sobretudo nos primeiros dois anos de vida, que passam por cuidados não parentais?
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De acordo com um artigo escrito para a Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância, para investigar os impactos desse aspecto na criação dos filhos, é preciso considerar pontos como quantidade, tipo e a qualidade do cuidado oferecido.
Margaret Tresch Owen, professora e diretora do Centro para Crianças e Famílias da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, autora do artigo, afirma que é preciso levar em conta alguns fatores como a idade em que é iniciado o cuidado não parental e a estabilidade ou frequência de mudanças em relação aos cuidadores.
Para a especialista, características como temperamento e gênero – e da família – renda, atitudes em relação ao trabalho e qualidade do cuidado parental – não podem passar despercebidas.
Segundo Margaret, pesquisas constatam que o cuidado não parental de alta qualidade – sob a forma de cuidado responsivo e estimulante – pode ajudar no desenvolvimento cognitivo e de linguagem, relações positivas com pares de idade, adequação em relação a adultos, menos problemas comportamentais e melhores relações mãe-filho.
Afirma ainda que as creches indicam ser benéficas para o desenvolvimento cognitivo das crianças – embora também possam estar resultar em relações sociais problemáticas. Por isso a importância na escolha de uma instituição para deixar seus filhos.
Além disso, Margaret conclui que , embora o cuidado não parental, não prejudique a segurança do apego mãe-bebê, essa relação pode ficar mais vulnerável em alguns casos, dependendo de suas condições.
Com informações da Fundação María Cecília Vidigal.