Demência antes dos 40: Conheça a história de Stefan Tankov
Sile Tankov, esposa de Stefan, foi a primeira a notar que algo estava errado. Conheça a história
Embora comumente associada à idade avançada, a demência pode surgir antes dos 65 anos, manifestando-se de forma sutil e muitas vezes confundida com cansaço ou estresse.
Foi o que aconteceu com Stefan Tankov, um inglês que recebeu o diagnóstico de demência precoce aos 38 anos, uma descoberta que mudou sua vida e a de sua família.
Sinais que não podiam ser ignorados
Sile Tankov, esposa de Stefan, foi a primeira a notar que algo estava errado. Em entrevista ao Daily Mail, ela relembra como, em 2022, o marido começou a mudar: afastou-se emocionalmente, adotou comportamentos infantis e passou a precisar de ajuda para tarefas rotineiras, como subir em um ônibus.
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Ele deixou de perguntar como foi o dia da esposa e passou a focar apenas no que haveria para o jantar. Além disso, tornou-se rígido quanto aos horários das refeições e, logo depois, ia direto para a cama. Sua capacidade de manter um emprego também foi afetada, e ele começou a esquecer responsabilidades básicas, isolando-se cada vez mais.
No início, os médicos atribuíram os sintomas à depressão e ao diabetes tipo 2. No entanto, com o agravamento do quadro, Stefan passou por novos exames e foi diagnosticado com demência frontotemporal precoce.
Demência frontotemporal: uma condição que desafia
A demência frontotemporal (DFT) afeta áreas específicas do cérebro, os lobos frontal e temporal, responsáveis por comportamentos, personalidade e linguagem. De acordo com a Alzheimer Society, os primeiros sinais podem incluir mudanças no comportamento ou dificuldades na fala, que inicialmente se manifestam de forma independente, mas, com o avanço da doença, tornam-se mais interligados.
Diferentemente do Alzheimer, pessoas com DFT frequentemente mantêm a percepção temporal intacta nos estágios iniciais e não apresentam comprometimento significativo da memória nesse período. Contudo, com o progresso da doença, surgem confusão, perda de habilidades motoras, dificuldades para engolir e outros sintomas debilitantes.
O impacto do diagnóstico precoce
Embora ainda não exista cura para a demência, o diagnóstico precoce é crucial para desacelerar o avanço dos sintomas. Terapias e tratamentos específicos podem proporcionar mais qualidade de vida ao paciente e ajudar a família a lidar com as mudanças.
Mudanças significativas na memória, comportamento ou na capacidade de realizar tarefas cotidianas não devem ser ignoradas. A avaliação médica especializada é essencial para compreender o que está por trás dessas alterações e, possivelmente, iniciar um tratamento que traga mais conforto e suporte ao paciente e seus entes queridos.
A história de Stefan é um alerta: mesmo as condições mais raras podem estar à espreita, e observar os pequenos sinais faz toda a diferença.
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