Demência precoce: 15 fatores de risco são revelados em estudo

Veja os fatores de risco para demência precoce além da genética, segundo um estudo abrangente com mais de 350 mil participantes

Em um estudo, com mais de 350 mil participantes com menos de 65 anos, em todo o Reino Unido, pesquisadores de várias universidades europeias identificaram vários fatores de risco para a demência precoce.

O estudo, publicado em dezembro de 2023 na revista JAMA Neurology, usou dados do UK Biobank.

A demência de início precoce afeta quatro milhões de pessoas no mundo, com cerca de 370 mil novos casos diagnosticados a cada ano. A condição é séria, pois atinge pessoas que normalmente ainda estão em idade produtiva. 

Fatores de risco para demência precoce
Créditos: Depositphotos/stevanovicigor
Fatores de risco para demência precoce

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de demência precoce?

Os fatores de risco para demência precoce são diversos e vão além da genética, de acordo com a pesquisa. São eles:

  1. genética;
  2. menor escolaridade;
  3. status socioeconômico mais baixo;
  4. presença do alelo 2 da apolipoproteína ε4;
  5. transtornos do uso de álcool;
  6. isolamento social;
  7. deficiência de vitamina D;
  8. níveis elevados de proteína C-reativa;
  9. menor força de preensão manual;
  10. deficiência auditiva;
  11. hipotensão ortostática;
  12. Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  13. diabetes;
  14. doença cardíaca;
  15. depressão.

Essa pesquisa desafia a noção de que a genética é a única causa da condição. Fatores de saúde e estilo de vida também desempenham um papel significativo.

Os fatores identificados sugerem que é possível diminuir o risco dessa condição ao direcionar esses fatores.

Próximos passos na pesquisa sobre demência

A equipe de pesquisadores espera que o estudo marque o início de uma nova etapa na prevenção da demência precoce. Além disso, o estudo aponta a necessidade de mais pesquisas na área para entender melhor os fatores que levam à condição e desenvolver tratamentos mais eficazes.

A pesquisa ainda destaca a importância de uma melhor saúde mental e prevenção do estresse crônico, solidão e depressão como fatores de risco.

Estes resultados podem abrir novas possibilidades de intervenção para redução do risco de demência precoce.

Veja os sintomas de demência

A demência é uma condição que afeta a cognição, memória e habilidades de pensamento, interferindo nas atividades diárias e na qualidade de vida. De acordo com a Associação de Alzheimer, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando de 60% a 80% dos casos.

Embora existam diferentes tipos de demência, alguns sintomas são comuns a muitas delas. Alguns dos principais sintomas, incluem:

  • Perda de memória – Dificuldade em lembrar eventos recentes e esquecimento frequente de compromissos, nomes e informações importantes.
  • Dificuldade de comunicação – Troca de palavras ou dificuldade em encontrar as palavras corretas. Desafios em seguir ou participar de conversas.
  • Problemas de raciocínio – Dificuldade em tomar decisões simples. Desafios em lidar com problemas que exigem raciocínio lógico.
  • Desorientação – Perda da noção de tempo, data e estação do ano, e confusão em relação ao local ou ambiente em que se encontra.
  • Dificuldade em realizar atividades cotidianas – Problemas ao executar tarefas familiares, como cozinhar ou vestir-se. Incapacidade de lidar com atividades que antes eram simples.
  • Mudanças de personalidade e comportamento – Alterações no humor, como irritabilidade ou apatia. Comportamento social inadequado ou falta de interesse em atividades antes apreciadas.
  • Mudanças no sono – Distúrbios no padrão de sono, como insônia ou sonolência excessiva durante o dia.

É importante ressaltar que a demência pode se manifestar de maneiras diferentes em cada pessoa, e a gravidade dos sintomas pode variar.

Se houver suspeitas, é fundamental procurar avaliação médica para um diagnóstico preciso e intervenção adequada.