Demência: sinal precoce pode se manifestar no paladar; saiba como
Sinal precoce de demência frontotemporal (DFT) pode surgir no paladar e passar despercebido; saiba os principais sintomas da doença
Um dos grandes desafios no combate à demência é identificar seus sinais precoces. Essa condição, marcada pelo declínio cognitivo progressivo, frequentemente passa despercebida em suas fases iniciais, dificultando um diagnóstico antecipado.
A demência frontotemporal (DFT), por exemplo, é a terceira causa mais comum da doença, atrás apenas do Alzheimer e de condições decorrentes de acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Essa doença afeta predominantemente as regiões frontais e temporais do cérebro, responsáveis por funções como planejamento, comportamento, personalidade e comunicação. Pessoas com DFT apresentam mudanças de comportamento e personalidade, além de uma diminuição na capacidade de atenção e organização.
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Por atingir áreas específicas do cérebro, a DFT costuma manifestar sintomas únicos em comparação com outros tipos de demência.
Como uma alteração no paladar pode ser sinal de alerta para a demência frontotemporal?
Um sintoma precoce peculiar da DFT é o aumento do desejo por alimentos doces ou altamente calóricos, como bolos, chocolates e outros carboidratos e pratos gordurosos.
Segundo especialistas da Alzheimer’s Society, essa alteração está ligada à perda de sensibilidade do paladar, que faz com que sabores mais suaves não sejam percebidos com a mesma intensidade.
Além disso, os neurologistas sugerem que o consumo de alimentos doces pode ser uma forma inconsciente de lidar com a ansiedade e a confusão mental, sintomas comuns da DFT.
Outros sinais da DFT
Embora as mudanças no paladar sejam um indicativo importante, elas não são suficientes para diagnosticar a condição. Outros sintomas frequentemente associados à DFT incluem:
- Alterações marcantes na personalidade e comportamento;
- Dificuldades na comunicação, como esquecer palavras;
- Apatia e redução de mobilidade;
- Problemas para tomar decisões simples;
- Dispersão da atenção e dificuldade de abstração.
Importância do diagnóstico precoce
Apesar de não haver cura, identificar a DFT em seus estágios iniciais pode ajudar a desacelerar o progresso dos sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente.
É essencial buscar ajuda médica ao notar mudanças no comportamento, na memória ou no apetite, especialmente em pessoas entre 50 e 60 anos.