Depilação: por que algumas lesões podem virar caso de cirurgia ?
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Situação muito mais comum do que se imagina, raspar ou depilar as partes íntimas como cera pode até levar a lesões que precisam de tratamento com remédios ou cirurgia.
É o que aponta pesquisa sobre o tema feita em conjunto pela Universidade da Califórnia, São Francisco e a Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, que ouviu pessoas de 18 a 65 anos nos Estados Unidos.
De acordo com as amostras do levantamento, 7570 pessoas responderam ao questionário, sendo 55,5% homens e 44,5% mulheres. Mais de três quartos (76,1%) disseram que ter depilado as partes íntimas alguma vez ou habitualmente (66,5% dos homens e 85,3% das mulheres).
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Concluiu-se então, segundo estudo publicado no JAMA- American Medical Association (Publicação da Associação Americana de Medicina), que as lesões eram bastante comuns: mais de um quarto (25,6%) dessas pessoas já havia se machucado durante a raspagem ou depilação.
Além disso, os episódios de lesões – relatadas por 27,1% das mulheres e 23,7% dos homens – foram desde cortes mais simples (61,2%), seguidas de queimaduras (23,0%) e, em casos mais graves, erupções cutâneas (12,2%).
Embora a maioria das pessoas aponte que as lesões não precisaram de atenção médica, porém 3,4% disseram ter tomado antibióticos para tratar infecções, enquanto 2,5% necessitaram fazer cirurgias. Nos casos dos machucados mais graves, em geral a pessoa estava se depilando ou raspando deitada de costas ou quando o procedimento era feito por outro indivíduo.
O artigo também traz um ‘mapa do perigo’, indicando as áreas que essas pessoas relataram já ter lesionado durante a raspagem ou depilação.
Entre os homens:
67,2% já haviam machucado o escroto
34,8% o pênis
e 28,9% o púbis
Entre as mulheres:
51,3% já tinham lesionado o púbis
44,9% a coxa interna
42,5% a vagina
e 13,2% o perene
Cuidados especiais
Por se tratar de uma região íntima, a pele é mais delicada que a do resto do corpo. Não por acaso, os cuidados devem ser especiais ao remover os pelos dessa área.
A dermatologista Angélica Pimenta dá algumas dicas importantes para quem quer fazer o procedimento em casa ou com uma profissional:
- Escolha o tipo de cera:“As vantagens da cera quente estão na dilatação dos poros causada pelo calor, permitindo a saída mais fácil dos pelos, e na aderência maior, mesmo a pelos mais curtos. Já a cera fria oferece o diferencial de ser, obrigatoriamente, descartável, evitando a proliferação de bactérias e outros micro-organismos que podem surgir em consequência do reaproveitamento da cera”, explica Angélica, lembrando que qualquer tipo de cera deve ser descartável.
- Para aliviar a dor: “Existe uma substância conhecida como óleo de cravo – ou eugenol – que vem sendo cada vez mais introduzido nas ceras de depilação tradicionais por aliviar a sensação de dor dos puxões”, explica Pimenta. O eugenol age como antisséptico e anestésico. As ceras depilatórias com uma mistura dos anestésicos lidocaína e prilocaína garantem que a dor da técnica diminua até 70%, além de conter anti-inflamatório e hidratante.
- Para evitar irritações: para garantir que não vá causar nenhum tipo de irritação na pele é importante que a pessoa que for usá-la faça um teste de alergia antes de dar início ao procedimento.
- Se for fazer em casa:“A falta de experiência pode fazer com que as tentativas caseiras resultem em queimaduras na pele”, conta a dermatologista, indicando que é sempre bom procurar um profissional. Mas, se for fazer em casa, siga alguns cuidados:
Se for usar cera quente, teste a temperatura da cera antes de aplica-la na pele;
Sempre aplique a cera no sentido do crescimento dos pelos e puxe a cera no sentido contrário.
Com informações do site Minha Vida.