Depressão: estudo encontra ligação entre o cérebro e intestino

Bactérias podem afetar níveis de neurotransmissores relacionados à depressão

Bactérias presentes no intestino podem afetar os níveis de certos neurotransmissores que comprovadamente estão relacionados à depressão – iStock/Getty Images
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Bactérias presentes no intestino podem afetar os níveis de certos neurotransmissores que comprovadamente estão relacionados à depressão – iStock/Getty Images

A conexão entre e o intestino e o cérebro é objeto de estudo de muitas correntes científicas, que buscam aprofundar o conhecimento sobre o tema. Estudos recentes descobriram, por exemplo, que as bactérias intestinais podem ser potenciais responsáveis por quadros de depressão.

A nova evidência foi publicada pela revista Nature Communications e chegou ao resultado após um estudo observacional que identificou 13 tipos específicos de bactérias intestinais vinculadas ao transtorno de ordem mental.

Segundo os autores do estudo, bactérias dos gêneros Eggerthella; Subdoligranulum; Coprococcus; Sellimonas; Lachnoclostridium; Hungatella; Ruminococcaceae; Lachnospiraceae UCG-001; a Eubacterium ventriosum e os do grupo Ruminococcusgauvreauii estão intimamente relacionados aos táxons microbianos que influenciam na depressão.

Durante a observação, os cientistas da Oxford Population Health e da Holanda investigaram dados sobre o microbioma fecal de 3.211 pessoas de etnias distintas.

Qual a ligação entre intestino e depressão?

De acordo com os cientistas, essas bactérias podem afetar os níveis de certos neurotransmissores que comprovadamente estão relacionados à depressão, como o glutamato, butirato, serotonina e ácido gama-aminobutírico (GABA).

Com a novidade científica, os autores esperam que os resultados sejam aproveitados para facilitar o diagnóstico e, por que não, no tratamento da depressão.

Especialistas acreditam que as bactérias intestinais podem ajudar a indicar outros sinais de depressão, que ajudem a mapear um plano de tratamento. Além disso, os dados colhidos no estudo podem ajudar a incluir certos probióticos e ajustes na dieta que potencialmente podem contribuir para a recuperação.