Depressão: tipos, sintomas e como identificá-los
Existem vários tipos de depressão, cada um com características específicas, causas e tratamentos; conheça alguns
Provavelmente nem todos sabem que existem diferentes tipos de depressão e é tarefa do psiquiatra identificar, durante a consulta, qual quadro clínico específico o paciente apresenta.
Esta distinção entre os diferentes tipos de depressão é necessária para definir o caminho terapêutico correto.
Embora de fato, em todas as formas de depressão seja necessário o uso de um medicamento antidepressivo, as formas como este deve ser prescrito variam de situação para situação.
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Em particular, varia a duração do tratamento na fase aguda, a duração do tratamento na fase de manutenção e a possível associação com outros medicamentos necessários para controlar os sintomas apresentados pelo paciente.
Além disso, alguns destes subtipos de depressão requerem intervenção farmacológica associada à psicoterapia.
Em geral, a psicoterapia é importante em qualquer tipo de situação depressiva para ajudar o paciente a processar e integrar esta condição médica que, embora assuste muito quem sofre, é perfeitamente tratável.
Quais os tipos de depressão?
- Depressão maior
- Depressão psicótica
- Depressão reativa
- Depressão pó-parto
- Depressão bipolar
- Distimia
Transtorno depressivo maior
O transtorno depressivo maior é a forma clássica de depressão. Pessoas com depressão grave apresentam sintomas que podem incluir:
- tristeza
- sentimentos de culpa, inutilidade e desesperança
- Dificuldade em dormir
- mudanças no apetite
- fadiga
- irritabilidade
- sentimento de vazio
- pensamentos de suicídio
A depressão também pode causar sintomas físicos, como dores. Pode afetar os pensamentos e a concentração e causar dificuldades na tomada de decisões e na lembrança de coisas.
Depressão psicótica
A depressão psicótica é considerada uma das formas mais graves de depressão.
Além dos sintomas típicos da depressão, como tristeza profunda, perda de interesse nas atividades diárias, fadiga e mudanças no apetite ou no sono, a depressão psicótica envolve também uma desconexão da realidade, manifestada através de delírios e alucinações.
Depressão reativa
A depressão reativa, também conhecida como depressão situacional ou transtorno depressivo breve, é um tipo de depressão que ocorre em resposta a um evento ou situação estressante na vida de uma pessoa.
Diferente da depressão maior, que pode surgir sem uma causa aparente, a depressão reativa é desencadeada por fatores externos identificáveis, como a perda de um ente querido, um divórcio, a perda do emprego, ou outro evento significativo.
Este evento pode variar em intensidade e natureza, mas é sempre um fator externo identificável.
Depressão pó-parto
Embora seja normal que as novas mães experimentem um período de “baby blues” (uma fase de leve tristeza e ansiedade) logo após o nascimento do bebê, a depressão pós-parto é mais intensa e dura mais tempo, afetando significativamente a capacidade da mãe de cuidar de si mesma e do seu bebê.
De acordo com o Ministério da Saúde, No Brasil, em média, 25% das mães apresenta sintomas de depressão no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê.
A depressão pós-parto pode ser causada por uma combinação de fatores físicos, emocionais e de estilo de vida, como mudanças hormonais, estresse, combinada com a falta de sono e ausência de apoio de parceiros, familiares ou amigos.
Depressão bipolar
A depressão bipolar são os episódios depressivos apresentados por pacientes com transtorno bipolar do humor.
Diferente da depressão unipolar, que envolve apenas episódios depressivos, o transtorno bipolar envolve tanto episódios depressivos quanto episódios maníacos ou hipomaníacos.
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), aproximadamente 4 milhões de brasileiros sofrem com o distúrbio.
Distimia
A distimia é um quadro mais leve e crônico. As alterações estão presentes na maior parte do dia, todos os dias, por, no mínimo, dois anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, podem ocorrer oscilações, mas prevalecem às queixas de cansaço e desânimo durante a maior parte do tempo.
Geralmente, se mostram como pessoas excessivamente preocupadas, que apresentam um sentimento persistente de preocupação.
Na maioria dos casos, se inicia na adolescência ou no princípio da idade adulta.
Como é o tratamento para a depressão?
O tratamento é medicamentoso e psicoterápico. A escolha do antidepressivo é feita com base no subtipo da depressão, nos antecedentes pessoais e familiares, na boa resposta a uma determinada classe de antidepressivos já utilizada, na presença de doenças clínicas e nas características dos antidepressivos.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 90-95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento adequado.
É possível ter acesso ao tratamento na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos ambulatórios especializados.
É possível curar a depressão?
Embora a ideia de “curar” a depressão seja complexa, é importante entender que muitas pessoas conseguem alcançar uma recuperação e viver vidas com o tratamento.
Primeiramente, a depressão é uma condição de saúde mental multifacetada que varia de pessoa para pessoa, e, portanto, o que funciona para um indivíduo pode não ser eficaz para outro.
No entanto, com uma combinação de tratamentos, como psicoterapia e medicação, muitas pessoas experimentam períodos de remissão, onde os sintomas reduzem significativamente ou ficam ausentes.
Além disso, a adesão ao tratamento, o suporte social e as práticas de autocuidado desempenham papéis fundamentais na gestão da depressão.
Embora para algumas pessoas a depressão possa desaparecer completamente, para outras, pode ser uma condição recorrente. Assim, também exige vigilância contínua e estratégias de prevenção a longo prazo.