Descubra os sintomas do Parkinson além dos tremores

Saiba o que pode indicar o Parkinson e como um diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida do paciente

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
04/01/2025 15:32

Saiba quais são os sintomas incomuns do Parkinson
Saiba quais são os sintomas incomuns do Parkinson - iSTock/Chinnapong

A doença de Parkinson é uma condição neurológica que afeta a coordenação motora e o controle muscular, comprometendo a qualidade de vida de milhões de pessoas no mundo. Apesar de ser amplamente associada aos tremores, a doença apresenta diversos outros sinais e sintomas que muitas vezes são negligenciados, dificultando o diagnóstico precoce.

A doença pode afetar indivíduos de qualquer faixa etária, embora seja mais comum em pessoas acima dos 60 anos. No Brasil, estima-se que mais de 200 mil pessoas convivam com a condição. O diagnóstico precoce é essencial para o controle adequado dos sintomas e para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Sintomas comuns do Parkinson

Os tremores são um dos sintomas mais conhecidos do Parkinson, mas a doença se manifesta de várias maneiras. Além do tremor, que geralmente começa nos dedos ou nas mãos e pode se espalhar para outras partes do corpo, como a cabeça ou os pés, existem outros sinais importantes que podem indicar o início da doença:

  • Rigidez muscular: Dificuldade em mover os músculos de maneira fluida.
  • Bradicinesia: Movimentos lentos e diminuição da agilidade.
  • Alterações posturais: A postura do corpo tende a se inclinar para frente.
  • Dificuldades de equilíbrio: Problemas para caminhar ou manter-se em pé.
  • Problemas cognitivos: Falhas de memória e dificuldades de concentração.
  • Distúrbios sensoriais: Redução da capacidade de perceber odores.
  • Alterações no humor: Sentimentos depressivos e alterações emocionais.
  • Dores musculares: Sensação de desconforto generalizado no corpo.

    Causas e fatores de risco do Parkinson

Embora as causas exatas do Parkinson ainda não sejam completamente compreendidas, acredita-se que a doença resulte de uma interação entre fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos. Algumas mutações genéticas aumentam o risco de desenvolvimento da condição, enquanto a exposição a toxinas ambientais também é um fator considerado.

Além disso, o trauma craniano repetitivo e o uso de determinados medicamentos, como os utilizados no tratamento da epilepsia, podem estar associados ao surgimento da doença.

Como o Parkinson pode ser confundido com outras condições?

O diagnóstico do Parkinson pode ser desafiador, pois vários distúrbios compartilham sintomas semelhantes. Por exemplo, o tremor essencial, a distonia e os efeitos colaterais de medicamentos podem imitar os sinais do Parkinson. Existem também formas de parkinsonismo, como a síndrome de Shy-Drager e a paralisia supranuclear progressiva (PSP), que compartilham sintomas, mas possuem causas e tratamentos distintos.

Diagnóstico precoce e qualidade de vida

O diagnóstico precoce do Parkinson é fundamental para um tratamento eficaz e para o controle dos sintomas. Com o acompanhamento médico adequado, incluindo terapias multidisciplinares e a prática regular de exercícios físicos, é possível melhorar a qualidade de vida do paciente e retardar a progressão da doença.

Atualmente, não há exames de sangue definitivos para o diagnóstico de Parkinson, e o diagnóstico é baseado na avaliação clínica e neurológica. A detecção precoce permite que o tratamento seja iniciado de forma mais eficaz, oferecendo ao paciente um melhor prognóstico.

Prevenção e manejo da doença

Embora não exista uma forma comprovada de prevenir o Parkinson, hábitos saudáveis podem ajudar a reduzir os riscos. A prática regular de exercícios físicos, uma alimentação rica em antioxidantes e o cuidado com a exposição a toxinas ambientais são medidas que podem contribuir para a saúde do sistema nervoso e ajudar a prevenir o surgimento da doença.

Embora ainda não haja cura para o Parkinson, a compreensão da doença e a adoção de um tratamento adequado podem fazer toda a diferença para aqueles que convivem com essa condição.

Perda de olfato e Parkinson: sintoma precoce e indicativo

A perda de olfato pode ser um dos primeiros sinais da doença de Parkinson, antes de outros sintomas motores aparecerem. Estudos revelam que essa alteração sensorial pode ocorrer anos antes do diagnóstico, oferecendo uma oportunidade para detectar precocemente e iniciar tratamentos mais eficazes. Clique aqui para saber mais.