Seis perguntas sobre como fazer sexo oral com segurança e prazer

11/05/2017 10:51 / Atualizado em 07/05/2018 16:44

Para muita gente ainda existem tabus e perguntas sem respostas claras sobre a prática do sexo oral.

É necessário que o parceiro use camisinha? O sêmen transmite doenças? Tem como se proteger no sexo oral em mulheres? Essas e outras questões nem sempre estão claras.

Mas é importante saber mais sobre o ato e como fazê-lo com mais segurança e, claro, prazer. Pensando nisso o Minha Vida, parceiro do Catraca Livre, reuniu um time de especialistas para responder as principais perguntas sobre o tema.

Time de especialistas responde às principais perguntas sobre o tema
Time de especialistas responde às principais perguntas sobre o tema - Getty Images

Confira abaixo:

1. Sexo oral transmite o vírus da aids? E sífilis?
“Sim, quem possui o vírus HIV pode transmiti-lo em qualquer fluído, como sangue e secreções genitais, portanto, o uso de preservativo é imprescindível. É importante que a mulher ao realizar a consulta ginecológica anual realize exames para pesquisar as sorologias das infecções genitais”, revelou o ginecologista Gustavo Ventura Oliveira.

“Quem tem sífilis não tratada pode transmitir no sexo oral se o sangue dele toca no sangue da outra pessoa. Isto é possível, por exemplo, quando a outra pessoa tem a gengiva sangrando e o pênis da pessoa com sífilis se fere, ainda que minimamente”, comentou o psicólogo Dirk Belau.

2. Quando faço sexo oral, ela perde o tesão muito rápido é normal?
“Seu caso precisaria ser analisado com mais detalhes, mas pode ser que esteja faltando sintonia. Procure conversar abertamente, talvez você não esteja fazendo do modo que ela gosta, mas ela pode ser tímida ou reprimida em qualquer das hipóteses a palavra-chave é diálogo”, disse o psicólogo Augusto Mendes.

3. Fiz sexo oral com camisinha, mas chupei o testículo, posso ter contraído alguma DST?
“São raras as chances de você ter contraído alguma DST. Isso decorre do fato de, aquele ao qual foi realizado o sexo oral, tivesse algum corrimento na região genital, se o saco escrotal está ferido e\ou foi ferido durante o ato de suga-lo com a boca podendo haver a ocorrência de sangramento na área manipulada. De outra forma não é possível a transmissão sem que tenha o contato com o sangue e\ou alguma secreção expelida pelo órgão genitor daquele ao qual o coito foi realizado”, comentou o psicólogo Thiago Moreira.

4. Existe alguma camisinha para fazer sexo oral na mulher?
“Existe a camisinha feminina, que a mulher introduz na vagina, ela recobre pequena parte externa da vagina, sendo mais indicada para o uso durante o sexo com penetração. Não existe um modelo a ser utilizado durante o sexo oral do homem na mulher. O que muitas pessoas utilizam ou recomendam que se faça é a utilização de alguma barreira de proteção para evitar o contágio por doenças sexualmente transmissíveis. Uma das opções é utilizar filme plástico, aquele utilizado na cozinha para embalar alimentos. Ele protege contra as secreções e o contato direto, apesar de não haver estudos sobre a real proteção que ele oferece ou se é um método totalmente seguro”, afirmou o urologista Paulo Mazili.

5. Eu chego ao orgasmo no sexo oral, mas não consigo ter na penetração. Por quê?
“A sexualidade humana é cheia de possibilidades e nuances. Dessa forma é perfeitamente normal que você encontre prazer e chegue ao orgasmo pela estimulação clitoriana, como com qualquer outra estimulação. Além disso, apesar de nossa sociedade ser machista, já se reconhece que um dos maiores pontos de prazer femininos é o clitóris, sendo inclusive mais comum e mais prazeroso mulheres terem orgasmos clitorianos do que de outros tipos. Não se deixe impressionar por teorias retrógradas ou machistas que afirmam ser esse tipo de prazer imaturo; essas teorias temem a libertação feminina, bem como sua potencialidade de ação e mudança”, revelou o psicólogo João Suzart.

6. Após quantos dias é possível fazer sexo oral depois da extração de dente?

“O ideal é aguardar a completa reparação da ferida cirúrgica (cicatrização) em torno de 45 dias, lembrando sempre dos cuidados de higiene (escovação, enxaguantes bucais), ausência de sangramento gengival, e de preferência com parceiro fixo”, disse o odontologista Luciano de Oliveira.

Veja outras perguntas e esclarecimentos na matéria completa do Minha Vida