Dia do abraço: além de gostoso, ele faz bem à saúde

O abraço pode ser um gesto de carinho, conforto e amor. Não importa o que te leva a realizar o ato, o que vale é abraçar muito e cada vez mais.

Estudos apontam que abraços funcionam como apoio emocional
Créditos: Getty Images/Vetta
Estudos apontam que abraços funcionam como apoio emocional

E não apenas pela atitude (o que já é super válido), é que abraçar faz bem à saúde! Estudos apontam que abraços funcionam como apoio emocional, além ter a capacidade de combater infecções relacionadas ao estresse, amenizando sintomas.

Pesquisa realizada pela Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, fez testes para verificar os benefícios desse carinho.

“Sabemos que pessoas que enfrentam algum conflito são menos capazes de lidar com efeitos da gripe. Da mesma forma sabemos que as pessoas que admitem ter apoio social são parcialmente protegidas dos efeitos do estresse, em estados de ansiedade e depressão”, afirma o professor de psicologia Sheldon Cohen, da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade, em publicação na Psychological Science.

Segundo matéria do parceiro do Catraca Livre, Minha Vida, foram analisados 404 adultos saudáveis, levantando a frequência de conflitos vivenciados e de abraços. Posteriormente essas pessoas foram expostas ao vírus da gripe.

Um terço das pessoas não desenvolveu a doença. Coincidência ou não, justamente eles faziam parte do grupo que relatou ter recebido mais apoio e abraços.

Os pesquisadores consideraram que ser abraçado por alguém que confiamos ou amamos pode funcionar como uma forma de transmitir apoio.

Contato produz “hormônio do amor” que ajuda inclusive a prevenir doenças

O organismo produz naturalmente a ocitocina, conhecida também como “hormônio do amor”. Ela funciona como um neurotransmissor, regulando o comportamento de interação social.

“O cérebro libera ocitocina quando existe o contato de pele entre as pessoas, e também quando existe a formação de uma relação de confiança entre elas. A ocitocina é, dessa forma, conhecida pela sua função de união entre as pessoas e desenvolvimento de ligações de carinho”, explica especialista em metabologia e endocrinologia Andressa Heimbecher Soares ao Minha Vida.

Segundo ela, estudos relacionam também os efeitos desse hormônio ao estado de autoconfiança e empatia nas pessoas, quanto mais presente no organismo, maior será a sensação de bem estar e felicidade.

“E há também boas notícias com relação aos possíveis usos da ocitocina no tratamento de esquizofrenia, autismo, depressão pós-parto e até para ajudar na perda de peso”, completa Andressa.