Dia Nacional da Esclerose Múltipla: causa ainda é desconhecida

30/08/2017 12:57 / Atualizado em 04/05/2020 18:01

Hoje, 30, é Dia Nacional da Conscientização da Esclerose Múltipla, mal silencioso, que acomete o cérebro e a medula espinhal, causando danos na visão, fala, audição e movimentos do corpo todo.

A esclerose múltipla ocasiona a perda de mielina, substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios
A esclerose múltipla ocasiona a perda de mielina, substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios - Getty Images/iStockphoto

A doença é autoimune, quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Ela ocasiona a perda de mielina (substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios), o que leva à interferência na transmissão dos impulsos elétricos e isto produz os diversos sintomas da doença, como aponta a ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla.

O problema atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da OMS, sendo 35 mil delas no Brasil, estima a ABEM.

Apesar de atingir pessoas de todas as idades, a doença acomete com maior frequência pessoas de 20 a 40 anos, na maioria das vezes, mulheres brancas.

De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados e duram mais que 24 horas. A esclerose múltipla se manifesta por surtos que começam de repente, atingem o ápice e cessam.

O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da espinha.

Eles são importantes para sua confirmação e também para afastar outras doenças que podem simular a esclerose múltipla. Entre os principais sintomas estão:

  • Turvações e perda da visão;
  • Pequenas alterações no controle da urina;
  • Fraqueza em partes isoladas do corpo;
  • Formigamento das pernas ou de um lado do corpo;
  • Desequilíbrio;
  • Falta de coordenação motora ou tremores;
  • Fadiga.

Para que já foi diagnosticado, Renata explica que é necessário manter uma vida ativa: “A descoberta da doença pode impactar. Portanto, a melhor maneira de lidar com isso é ter um estilo de vida mais leve. As pessoas que vivem de forma mais ativa sofrem menos com a doença”, afirma.

A causa da doença ainda é desconhecida e ela ainda não tem cura. Porém, segundo especialista, existem meios de diminuir a progressão da doença
A causa da doença ainda é desconhecida e ela ainda não tem cura. Porém, segundo especialista, existem meios de diminuir a progressão da doença - Getty Images/iStockphoto

A causa da Esclerose Múltipla ainda é desconhecida e ainda não tem cura. Porém, segundo Renata, existem meios de diminuir a progressão da doença, como:

  • Ter acompanhamento médico regular e tomar a medicação corretamente;
  • Manter um estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e qualidade de vida, considerando uma parte do dia para relaxar;
  • Evitar temperaturas extremas, pois elas podem piorar os sintomas pré-existentes ou até induzir novos surtos;
  • Fazer fisioterapia quando houver comprometimento dos movimentos;
  • Em caso de surtos agudos, permanecer em repouso;
  • Fazer exercícios físicos para auxiliar o processo de recuperação após um surto.