Diabetes: quais os sintomas, causas e como tratar?
Existem dois tipos de Diabetes: Tipo 1 e Tipo 2. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2
O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo.
A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo.+
O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, pode levar à morte.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivem com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 1
O Tipo 1 de diabetes concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença e aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.
Diabetes tipo 2
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar.
Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
Diabetes gestacional
O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês), como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose.
Fatores de risco
Já se sabe que há uma influência genética, mas ainda não há pesquisa conclusivas sobre os fatores de risco para o Diabetes Tipo 1.
Já o Tipo 2, você deve ficar atento se:
- Tem diagnóstico de pré-diabetes – diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada (Veja em Você já ouviu falar de pré-diabetes?)
- Tem pressão alta;
- Tem colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
- Está acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
- Tem um pai ou irmão com diabetes;
- Tem alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como a doença renal crônica (veja em Complicações);
- Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional (veja em Diabetes Gestacional);
- Tem síndrome de ovários policísticos;
- Teve diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
- Tem apneia do sono;
- Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides.
Na gestação, fique atenta à:
- Idade materna mais avançada;
- Ganho de peso excessivo durante a gestação;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional;
- História familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos);
- História de diabetes gestacional na mãe da gestante;
- Hipertensão arterial na gestação;
- Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).
Atenção: não ignore os fatores de risco. Quanto mais cedo você tiver o diagnóstico, mais rápido poderá agir para continuar saudável.
Pré-Diabetes
Quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2, é sinal de que você está pré-Diabético.
O pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida ou mesmo que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações.
A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle. No entanto, para 60% dos pacientes, a dieta é o passo mais difícil a ser incorporado na rotina.
Assim como o Tipo 2, o pré-diabetes pode chegar à sua vida sem que você perceba. Tenha consciência dos riscos e busque o diagnóstico caso:
- Esteja com pressão alta;
- Alto nível de LDL (‘mau’ colesterol) e triglicérides; e/ou baixo nível de HDL (‘bom’ colesterol)
- Sobrepeso, principalmente se a gordura se concentrar em torno da cintura
Sintomas
Os principais sintomas do diabete são: fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia.
Sintomas do Diabetes Tipo 1:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Sintomas do Diabetes Tipo 2:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins e pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
Diagnóstico
Com uma gotinha de sangue e três minutos de espera, já é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia. Caso a alteração seja considerável, é necessária a realização de outros exames, mais aprofundados.
Para ter certeza do resultado e assim começar o tratamento, o médico deve solicitar o teste oral de tolerância à glicose, mais conhecido como Curva Glicêmica.
O exame é feito em diversas etapas, em que são coletadas amostras de sangue em um tempo determinado, geralmente de 30 em 30 minutos. Nos intervalos, o paciente deve ingerir um xarope de glicose. Os resultados são dispostos apresentados em um gráfico e permitem o diagnóstico preciso.
Tô com Diabetes, e agora?
Em caso de resultados positivos para Diabetes em seus exames, uma das coisas mais importantes é controlar o nível de glicose no sangue, para evitar complicações.
A medição pode ser feita por meio de um monitor de glicemia ou por meio de bombas de insulina. Os dois tipos de aparelho devem ser adquiridos e usados com orientação da equipe médica.
É importante seguir as orientações para que a medição seja feita nos horários corretos, nas situações corretas e com a frequência ideal.
Os medicamentos do tratamento dependem do grau de necessidade de cada pessoa. Independente disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos de graça.
São seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e liberados nas farmácias credenciadas.
Desta forma, os doentes têm assegurado gratuitamente o tratamento integral no Sistema Único de Saúde, que fornece à população as insulinas humana NPH – suspensão injetável 1 e insulina humana regular, além de outros três medicamentos que ajudam a controlar o índice de glicose no sangue: Glibenclamida, Metformida e Glicazida.
Em março de 2017, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) incorporou ao SUS duas novas tecnologias para o tratamento do diabetes.
- A caneta para injeção de insulina, para proporcionar a melhor comodidade na aplicação, facilidade de transporte, armazenamento e manuseio e maior assertividade no ajuste da dosagem;
- Insulina análoga de ação rápida, que são insulinas semelhantes às insulinas humanas, porém com pequenas alterações nas moléculas, que foram feitas para modificar a maneira como as insulinas agem no organismo humano, especialmente em relação ao tempo para início de ação e duração do efeito.