Dieta eficaz para prevenir demência e controlar o açúcar no sangue
Um estudo reforça a ideia de que uma alimentação específica pode ajudar a proteger o cérebro contra o envelhecimento precoce e a demência
A alimentação desempenha um papel fundamental na proteção do cérebro e na prevenção de doenças cognitivas, como a demência.
Pesquisadores israelenses descobriram que seguir uma versão modificada da dieta mediterrânea pode ser eficaz para reduzir o risco de demência e retardar o envelhecimento cerebral.
O que é a dieta mediterrânea “verde”?
A dieta mediterrânea é conhecida por seus benefícios à saúde, como a redução do risco de doenças cardiovasculares e a manutenção de um peso saudável.
- O hábito simples que pode ser um escudo contra a demência
- Descubra o poder da romã para a saúde do coração
- Estudo aponta para fator que aumenta em 31% o risco de demência
- Parente com demência? Estes são os principais sinais aos quais se atentar
Ela é baseada em alimentos de origem vegetal, como frutas, vegetais, grãos integrais e azeite de oliva, além de incluir gorduras saudáveis e moderada ingestão de carnes.
A versão “verde” dessa dieta, que foi o foco do estudo recente, enfatiza ainda mais os alimentos vegetais e reduz a quantidade de carne consumida, incluindo ingredientes como chá verde e nozes.
O que o estudo revelou?
Os pesquisadores da Universidade Ben-Gurion do Neguev recrutaram 284 voluntários para seguir a dieta mediterrânea verde por 18 meses. Os participantes consumiram diariamente 28 g de nozes, três a quatro xícaras de chá verde e um shake verde com Mankai, um extrato vegetal.
Além disso, as mulheres foram orientadas a consumir entre 1.200 e 1.400 calorias por dia, enquanto os homens deviam consumir entre 1.500 e 1.800 calorias.
Os resultados, publicados no The American Journal of Clinical Nutrition, mostraram que os participantes que seguiram a dieta verde apresentaram uma redução significativa nos níveis de açúcar no sangue (58,33%), em comparação com os que seguiram a dieta mediterrânea tradicional (31,62%) e o grupo controle (28,57%).
Esse controle de açúcar é crucial, já que condições metabólicas como o diabetes tipo 2 estão associadas ao aumento do risco de demência.
Como a alimentação influencia a saúde do cérebro?
Os participantes que seguiram a dieta verde também apresentaram melhorias em indicadores de envelhecimento cerebral, detectados por exames de ressonância magnética.
O consumo regular de chá verde e do shake Mankai foi associado a benefícios neuroprotetores e a melhorias significativas na saúde cerebral, especialmente entre os que consumiram esses itens regularmente. Isso pode ser atribuído ao alto teor de polifenóis presentes nos alimentos de origem vegetal. Esses micronutrientes são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e protetoras contra os danos causados por radicais livres.
Além dos benefícios para o cérebro, a pesquisa também destacou a importância de manter um peso corporal saudável e reduzir o consumo de alimentos processados.
No entanto, os pesquisadores alertam que a pesquisa ainda apresenta limitações, como a falta de dados sobre o estado cognitivo dos participantes antes do início do estudo. Apesar disso, os achados oferecem insights valiosos sobre como a alimentação pode influenciar a saúde do cérebro e prevenir doenças cognitivas.