Dieta que pode diminuir em até 23% o risco de Alzheimer
Estudo acompanhou a alimentação de mais de 60 mil britânicos acima de 60 anos por cerca de 9 anos

A demência é uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Embora fatores como envelhecimento e genética não possam ser modificados, um novo estudo publicado na revista BMC Medicine aponta que a alimentação tem um papel crucial na prevenção da doença.
De acordo com a pesquisa, seguir a dieta mediterrânea pode reduzir em até 23% o risco de desenvolver Alzheimer e outras formas de demência.
O que é a dieta mediterrânea?
Baseada nos hábitos alimentares dos países banhados pelo Mar Mediterrâneo, essa dieta prioriza:
- Frutas e vegetais frescos
- Oleaginosas, como nozes e castanhas
- Leguminosas
- Peixes e frutos do mar
- Azeite de oliva como principal fonte de gordura
- Cereais integrais
Rica em antioxidantes, gorduras saudáveis e compostos anti-inflamatórios, essa alimentação favorece a saúde cerebral e melhora a circulação sanguínea no cérebro.
Estudo comprova os benefícios
O levantamento acompanhou mais de 60 mil britânicos com mais de 60 anos por aproximadamente nove anos. Com base em questionários alimentares, os pesquisadores avaliaram o quanto cada participante seguia os princípios da dieta mediterrânea.
O resultado foi claro: quem aderiu mais a esse padrão alimentar teve uma redução de 23% no risco de desenvolver demência. E o mais interessante é que até pessoas geneticamente predispostas, portadoras do gene APOE — ligado ao risco maior de Alzheimer —, também foram beneficiadas.

Por que protege o cérebro?
Os cientistas explicam que alimentos como peixes e vegetais de folhas verdes são ricos em antioxidantes e substâncias neuroprotetoras. Esses nutrientes combatem o estresse oxidativo e a inflamação, além de ajudar a prevenir o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro, como a beta-amiloide, fortemente associada ao Alzheimer.