Doença de gota: 3 alimentos que causam crise

Resultado do acúmulo de ácido úrico dentro das articulações, a gota faz com que pequenos cristais se formem dentro e ao redor delas. Considerada uma das artrites inflamatórias mais comuns em todo o mundo, atualmente cerca de 50 mil brasileiros vivem a doença no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTpé).

Existem vários fatores que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver gota, sendo dois fatores principais ser do sexo masculino e a obesidade. Os primeiros sintomas costumam ser inchaço com fortes dores no dedão do pé.

Estudos recentes sobre a doença mostram que os pacientes que sofrem com a doença, frequentemente, relatam consumo de três alimentos específicos nos dias que antecederam a crise.

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De acordo com o  National Center for Biotechnology Information, alimentos ricos em frutose e purina – compostos que quando metabolizados formam o ácido úrico – estão intimamente ligados a crises de gota. “Os ataques de gota são aparentemente mais comuns em pessoas que comeram muita carne, peixe ou frutos do mar alguns dias antes. Isso corresponde às experiências de muitas pessoas”, diz a instituição.

“Verificou-se que alimentos à base de plantas ricos em purinas, como ervilhas, feijões, lentilhas, espinafre, cogumelos, aveia, couve-flor e brócolis, têm pouco ou nenhum efeito sobre o risco de um ataque de gota”, acrescenta o National Center for Biotechnology Information.

Consequências da gota

Conhecida por se tratar de uma doença muito dolorosa, ela pode desencadear crises repetidas e, após algum tempo, tornar-se crônica.

De acordo com o reumatologista Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, a gota articular costuma acometer pacientes masculinos, começando na quarta ou quinta década de vida, na forma de artrites agudas intermitentes, acometendo as articulações dos pés. “Em mais da metade dos casos, as primeiras artrites ocorrem na articulação do primeiro dedo dos pés, que leva o nome de podagra”, afirma.

Segundo ele, as crises agudas evoluem rapidamente com dor intensa e eritema local, com grande hipersensibilidade ao toque.

“Essas primeiras crises respondem bem aos chamados anti-inflamatórios. Segue um período assintomático que pode durar meses. Caso a doença não seja tratada adequadamente, a partir desta fase, as crises tendem a ser mais frequentes e prolongadas, levando a um quadro crônico e progressivo, com sequelas e deformidades”, explica.

Nesta fase, começam a aparecer os depósitos de urato denominados tofos, que podem ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas são mais comuns em torno das articulações e notadamente em cotovelos.