A maior causa de morte no mundo: saiba como se proteger dessa doença

Dor no peito, falta de ar e cansaço excessivo podem ser sinais da doença; tratamento adequado ajuda a prevenir complicações

Por Caroline Vale em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
22/11/2024 08:07 / Atualizado em 27/11/2024 14:02

A doença cardíaca isquêmica é a principal causa de morte no mundo, responsável por 16% de todos os óbitos no mundo, segundo o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre os anos 2000 e 2019. Ela também é conhecida como doença arterial coronariana ou isquemia miocárdica.

A prevenção da doença cardíaca isquêmica envolve adotar hábitos saudáveis
A prevenção da doença cardíaca isquêmica envolve adotar hábitos saudáveis - iStock/Lars Neumann

A condição, muitas vezes silenciosa, pode levar a complicações graves como o infarto do miocárdio e até à morte súbita, o que torna a prevenção crucial para salvar vidas.

O que é a doença cardíaca isquêmica?

A isquemia cardíaca ocorre quando há uma redução no fluxo sanguíneo para o coração, impedindo que o oxigênio chegue adequadamente ao músculo cardíaco.

A principal causa dessa condição é a aterosclerose, que ocorre quando as artérias ficam obstruídas por placas de gordura devido a predisposição genética e hábitos de vida não saudáveis, como uma alimentação inadequada e a falta de exercícios físicos.

Outras doenças como diabetes, hipertensão e o uso de substâncias também estão entre os fatores de risco.

Sintomas da isquemia cardíaca

Muitas vezes, a isquemia cardíaca não apresenta sintomas evidentes, sendo descoberta apenas em exames de rotina. Contudo, quando os sintomas se manifestam, eles incluem dor no peito, falta de ar, palpitações e cansaço excessivo.

Em alguns casos, a dor pode irradiar para os braços, pescoço ou mandíbula, sendo confundida com outros problemas de saúde.

Em alguns casos, a isquemia pode ser assintomática, até evoluir para complicações graves, como um infarto do miocárdio.

Como prevenir a doença cardíaca isquêmica?

Veja as principais recomendações para reduzir os riscos de doenças cardíacas:

  • Adote uma dieta saudável – Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, presentes em carnes vermelhas e frituras, é essencial para a saúde do coração. Prefira alimentos como peixes, grãos, frutas e vegetais, que são ricos em fibras e ômega-3, que ajudam a reduzir o colesterol.

  • Pratique exercícios regularmente – A prática de atividades físicas, como caminhadas ou natação, reduz o risco de doenças cardíacas ao melhorar a circulação sanguínea, controlar o peso e diminuir os níveis de colesterol e pressão arterial. O ideal é praticar pelo menos 150 minutos de exercício por semana.

  • Controle o peso – O excesso de peso aumenta o risco de doenças cardiovasculares. O controle do peso reduz a pressão arterial, melhora os níveis de colesterol e diminui a resistência à insulina, fatores que contribuem diretamente para a saúde cardiovascular.

  • Evite o tabagismo – Fumar é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. Parar de fumar, mesmo depois de anos, reduz drasticamente as chances de desenvolver problemas cardíacos e melhora a saúde cardiovascular em geral.

  • Controle a pressão arterial e o colesterol – Manter a pressão arterial sob controle é essencial para evitar sobrecarga no coração e nos vasos sanguíneos. A hipertensão é um dos maiores fatores de risco para doenças cardíacas. Além disso, controlar os níveis de colesterol ajuda a prevenir a formação de placas nas artérias e a reduzir o risco de infarto e derrame. Medicamentos específicos podem ser prescritos para controlar essas condições e reduzir o risco de doenças cardíacas.

Tratamento

O tratamento pode incluir medicamentos para controlar a pressão arterial, reduzir o colesterol e melhorar o fluxo sanguíneo.

Além disso, é fundamental adotar mudanças no estilo de vida, como uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios.

Nos casos mais graves, procedimentos médicos, como angioplastia, colocação de stents ou cirurgia de revascularização do miocárdio, podem ser necessários.