Doença rara faz jovem ter ‘alergia’ a sexo; entenda o motivo
Alergia a sexo se manifesta em resposta aos componentes proteicos específicos do sêmen
Após vivenciar alguns episódios incomuns depois de ter relações sexuais, como irritação na pele e até paralisa temporária, a norte-americana Chloe Lowery, de 18 anos, descobriu ter alergia a sexo.
Submetida a uma série de exames, a jovem foi diagnosticada com hipersensibilidade ao plasma seminal humano – rara reação alérgica a proteínas encontradas no esperma da maioria dos homens. Como consequência, Chloe sofre uma série de reações físicas ao ter contato com o sêmen.
Em entrevista à agência Kennedy News, a jovem revelou que as reações surgiram após sua terceira relação sexual. “Eu não tinha tido contato com sêmen antes disso e ele entrou na minha pele e eu fiquei vermelha e não me preocupei muito porque às vezes fico vermelha”.
Depois, em um caso mais sério, a jovem relatou ter sofrido paralisia temporária na metade do rosto, que durou aproximadamente três horas. “O lado direito do meu rosto estava caído e eu simplesmente não conseguia expressar emoção pelo menos com a boca. É como quando você leva uma anestesia no dentista”.
Como a condição se manifesta por conta do contato com o esperma, Chloe passou por outros episódios de reações semelhantes “Eu tive uma reação vaginal e é o mesmo tipo de problema, mas em vez de ficar dormente, é mais como uma queimação e eu fico muito inflamada nessa área.”
O que é hipersensibilidade ao plasma seminal humano?
Definida como um conjunto de sintomas sistêmicos e/ou localizados, a alergia ao sêmen ou hipersensibilidade ao plasma seminal humano surge em resposta do sistema imune aos componentes proteicos específicos do sêmen.
É comum que a reação aconteça entre 10 e 30 minutos após o contato com o fluído, de acordo com artigos médicos publicados no PubMed. Entre os sintomas relatados, a pessoa alérgica pode apresentar vermelhidão, coceira e inchaço na região da pele. Os episódios alérgicos podem durar horas e, em alguns casos, até dias.
O quadro, no entanto, pode ser evitados com o uso de preservativo ou por meio de tratamentos, como o uso de antialérgicos.