Estas 2 doenças podem antecipar problemas cardíacos em 28 anos
Pesquisa da American Heart Association (AHA) sugere quais condições podem antecipar problemas cardíacos; entenda os riscos
Uma pesquisa apontou que pessoas com diabetes tipo 2, doença renal crônica ou ambas as condições podem desenvolver problemas cardíacos até 28 anos antes do que indivíduos sem as doenças.
A análise, apresentada nas Sessões Científicas de 2024 da American Heart Association (AHA), destacou a conexão entre essas doenças e o risco cardiovascular precoce.
Metodologia do estudo
Utilizando perfis simulados de homens e mulheres entre 30 e 79 anos, os pesquisadores avaliaram como os fatores de risco dessas condições influenciam na antecipação de doenças cardiovasculares graves, como infartos e derrames.
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A ferramenta empregada pela AHA estimou a idade em que os pacientes simulados alcançariam níveis elevados de risco cardiovascular, como infarto do miocárdio e derrames.
Quais foram os principais achados?
Entre pessoas sem essas condições, o risco de problemas cardíacos começa a aumentar por volta dos 63 anos para homens e 68 anos para mulheres.
Já para aqueles com diabetes tipo 2 e doença renal crônica, especialmente quando coexistem, o risco pode surgir até 28 anos antes.
Essas condições aceleram processos como a aterosclerose — acúmulo de gordura nas artérias — por meio de aumento na inflamação sistêmica, elevação da pressão arterial e danos aos vasos sanguíneos. Essa combinação torna os eventos cardíacos mais frequentes e agressivos.
Definida recentemente pela AHA, a síndrome relaciona doenças cardiovasculares, renais e metabólicas, como diabetes e obesidade. Essas condições frequentemente coexistem e amplificam o risco de doenças cardíacas graves. O estudo reforça que a interação entre essas doenças é um fator determinante no aumento precoce do risco cardiovascular.
Prevenção é o foco
Embora tenha sido realizado com perfis simulados e precise de validação, a pesquisa traz alertas importantes para a saúde pública.
A conexão entre diabetes tipo 2, doenças renais e o risco cardiovascular precoce ressalta a importância de diagnósticos e intervenções em estágios iniciais.
O estudo sublinha a necessidade de estratégias rigorosas para gerenciar essas condições. Monitoramento frequente, controle da glicemia e acompanhamento da função renal podem reduzir significativamente a probabilidade de complicações cardíacas.