Dois sintomas de alerta de câncer de cólon que costumam ser ignorados

Exames de rastreamento, como a colonoscopia, são fundamentais para a detecção precoce

O câncer de cólon e reto (colorretal) é o terceiro mais comum entre os homens e mulheres no Brasil. Ele se desenvolve no cólon ou no reto, partes do sistema digestivo que ajudam a eliminar resíduos sólidos do corpo. Os sintomas mais comuns podem incluir fraqueza e fadiga, bem como sangue nas fezes, diarreia ou prisão de ventre e cólicas. Mas muitas vezes outros sintomas aparecem e podem não ser ignorados pelos pacientes e por médicos.

O caso de uma mulher norte-americana que enfrentou o câncer de cólon duas vezes chamou a atenção para isso. Sherri Rollins, de 50 anos, contou ao Today que sofria com gases dolorosos e tinha a sensação de evacuação incompleta ao ir ao banheiro.

Embora o excesso de gases não seja necessariamente um sinal de câncer, pode ser um indicativo de que algo está errado e merece uma investigação.

Quando a pessoa passa a ter dificuldade de eliminar gases e evacuar, deve-se imediatamente procurar um especialista. Pois, nesse caso, é  pode ser sinal de obstrução do intestino por tumor.

Algumas vezes os sintomas de câncer de cólon podem não receber a atenção necessária, atrasando o diagnóstico
Créditos: Tharakorn/istock
Algumas vezes os sintomas de câncer de cólon podem não receber a atenção necessária, atrasando o diagnóstico

Fatores de risco do câncer de cólon

O câncer de cólon, também conhecido como câncer colorretal, pode ser influenciado por vários fatores de risco. Os fatores de risco não garantem que uma pessoa desenvolverá câncer de cólon, mas aumentam a probabilidade. Conheça alguns:

Idade

O risco de câncer de cólon aumenta com a idade. A maioria dos casos é diagnosticada em pessoas com mais de 50 anos.

Histórico familiar

Ter parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) com um histórico de câncer de cólon ou pólipos colorretais aumenta o risco. Se vários membros da família tiverem sido diagnosticados, o risco é ainda maior.

Histórico pessoal de pólipos ou câncer

Pessoas que já tiveram pólipos adenomatosos no cólon ou câncer colorretal têm um risco aumentado de desenvolver câncer de cólon no futuro.

Síndrome de Lynch e outras síndromes genéticas

Algumas síndromes genéticas hereditárias, como a síndrome de Lynch (também conhecida como síndrome de câncer colorretal hereditário não poliposo ou HNPCC), aumentam significativamente o risco de câncer colorretal.

Histórico pessoal de doenças inflamatórias intestinais

Pessoas com doenças inflamatórias crônicas do intestino, como colite ulcerativa ou doença de Crohn, têm um risco aumentado de câncer de cólon.

Dieta

Uma dieta rica em carnes vermelhas processadas (como salsichas e bacon), baixa em fibras, frutas e vegetais, e alta em gordura animal pode aumentar o risco de câncer de cólon.

Fumar

O tabagismo está associado a um maior risco de câncer de cólon.

Consumo excessivo de álcool

O consumo excessivo de álcool também tem sido associado a um aumento do risco de câncer de cólon.

Sedentarismo

A falta de atividade física regular está relacionada a um maior risco de câncer colorretal.

Obesidade

Estar acima do peso ou obeso pode aumentar o risco de câncer de cólon.

Exposição a poluentes ambientais

A exposição a certos poluentes ambientais e substâncias químicas pode aumentar o risco de câncer de cólon, embora a ligação precise ser mais bem compreendida.

Diabetes

Pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco ligeiramente aumentado de câncer colorretal.

Histórico de radiação abdominal

Ter recebido radiação abdominal em tratamentos médicos anteriores pode aumentar o risco de câncer de cólon.

É importante destacar que a maioria dos casos de câncer de cólon ocorre em pessoas sem fatores de risco hereditários significativos, e a adoção de um estilo de vida saudável, como uma dieta balanceada rica em fibras, a prática regular de atividade física e a redução do consumo de álcool e tabaco, pode ajudar a diminuir o risco global de câncer de cólon.

Além disso, a detecção precoce por meio de exames de rastreamento, como a colonoscopia, é fundamental para a prevenção e tratamento bem-sucedido do câncer colorretal. Indivíduos com fatores de risco ou histórico pessoal devem conversar com seus médicos sobre a frequência e o momento dos exames de rastreamento apropriados.