Ela pensou ser o James Bond em uma missão por causa de doença

20/01/2017 10:24

A polonesa Dorota Donigiewicz, de 27 anos, teve uma experiência bastante conturbada após o nascimento de sua primeira filha. Ela começou a achar que era o James Bond, e estava em uma missão para salvar o mundo.

Isso tudo aconteceu em decorrência de uma doença: ela foi diagnosticada com psicose pós-parto, uma grave forma de depressão que pode atingir uma em cada mil mães no mundo todo.

Mais de um ano após enfrentar a doença, Dorota teve coragem de compartilhar sua história.

Dorota enfrentou a psicose pós-parto e chegou a achar que era o James Bond
Dorota enfrentou a psicose pós-parto e chegou a achar que era o James Bond - © PA Real Life

Ela e o marido, Sean, ficaram grávidos no final de 2014. Antes, Dorota já havia se afastado do trabalho para tratar ataques de pânico e crises de ansiedade, mas teve uma gravidez tranquila. As coisas começaram a ficar estranhas quando Zofia tinha 3 meses, em uma viagem à Polônia.

“Havia uma promoção de rádio que oferecia ingressos para estreia do novo filme do James Bond e pensei: ‘eu sou o James Bond’”, lembrou em entrevista ao Daily Mail. Foi o início das crises. “A partir dali, eu comecei a minha missão de salvar o mundo. Estava sentada com Zofia e uma tia no carro e pensei: é hora de cuidar da minha missão.”

Dorota começou a discar números aleatórios de telefone, dirigiu pelo litoral polonês e atendia a todas as ligações com “Meu nome é Bond, James Bond”. Ela também passou a ter delírios consumistas e chegou a comprar um carro de quase 120 mil reais.

Dorota enfrentou a psicose pós-parto e chegou a achar que era o James Bond
Dorota enfrentou a psicose pós-parto e chegou a achar que era o James Bond

Segundo ela, a família notou que algo não andava bem, mas pensou ser apenas confusão típica dessa fase. “Eu até pedi para que escondessem meu dinheiro, assim Zofia teria uma herança caso eu falhasse.” Preocupado ao ver como ela estava ao voltar para a Inglaterra, o marido ligou para o serviço de saúde mental e foi orientado a participar da “brincadeira” para levá-la ao hospital. “A semana que ela passou lá foi, de longe, a pior da minha vida. Ela disse que estava apaixonada por outra pessoa, e sabia mais se queria continuar comigo”, contou ele.

Depois da internação e seis meses de acompanhamento, Dorota teve alta, voltou ao trabalho e planeja ter um segundo filho com Sean.

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