Entenda por que a endometriose pode causar infertilidade

Principal causa de infertilidade nas mulheres, a endometriose é responsável por 30% dos casos associados a essa condição, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).

Isso acontece porque, de acordo com especialistas, o útero é revestido pelo endométrio, um tecido que descama e é eliminado durante o ciclo menstrual, caso a mulher não esteja grávida.

Assim, quando há endometriose, esse tecido cresce fora do útero, em diferentes partes do aparelho reprodutivo feminino, alterando a anatomia desses órgãos conforme a inflamação vai se agravando. Este movimento é que o contribui para a prevalência da infertilidade, além das cólicas de forte intensidade.

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O Dr. Patrick Bellelis, ginecologista especialista em endometriose, destaca a importância do diagnóstico precoce. “Ao perceber qualquer coisa fora do normal durante o ciclo menstrual, é importante buscar atendimento e orientação de um ginecologista, para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes. O diagnóstico precoce previne que a endometriose atinja níveis mais graves”.

Além disso, o especialista explica que a endometriose também pode estar associada a outras condições como dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar, dores nas costas, entre outros sintomas.

Endometriose afeta 8 milhões de mulheres no Brasil

Pesquisas recentes sobre o tema indicam que a endometriose afeta 8 milhões de mulheres no Brasil e 200 milhões no mundo todo, porém ainda é pouco falada fora dos consultórios médicos.

Diante da falta de informação, a condição costuma levar anos para ser descoberta, dificultando o tratamento. “Para que mais mulheres tenham a oportunidade de conhecer melhor seus corpos, além do diálogo aberto com os médicos, é primordial que falemos mais sobre a endometriose, que haja mais informação e conscientização sobre o tema. Por meio da informação e da escuta, é possível antecipar o diagnóstico, fator que impacta muito o sucesso do tratamento e a qualidade de vida da mulher”, destaca Bellelis.