Entenda por que o alecrim pode ajudar a turbinar sua memória

Estudo investigou a capacidade de da memória associada à planta

Por André Nicolau em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
17/02/2025 16:07 / Atualizado em 25/02/2025 12:00

A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. É uma doença progressiva que envolve partes do cérebro que controlam o pensamento, a memória e a linguagem. – iStock/haydenbird
A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. É uma doença progressiva que envolve partes do cérebro que controlam o pensamento, a memória e a linguagem. – iStock/haydenbird - iStock/haydenbird

Muito mais do que um simples tempero para dar sabor aos pratos, o alecrim esconde um segredo surpreendente: seu aroma pode ser um grande aliado da memória! Pesquisadores da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, descobriram que essa erva perfumada pode potencializar a capacidade de lembrar compromissos e tarefas importantes, como tomar remédios ou enviar um recado especial.

Conhecido cientificamente como Rosmarinus officinalis, o alecrim é uma planta de folhas finas e aroma marcante, amplamente utilizada na gastronomia e na medicina natural.

No entanto, além de dar um toque especial às receitas, ele também pode ser um aliado poderoso da função cognitiva, especialmente no que se refere à memória prospectiva — aquela que nos ajuda a lembrar do que ainda precisamos fazer.

O experimento que revelou o poder do alecrim

Em 2012, cientistas britânicos resolveram investigar a relação entre o aroma do alecrim e a memória. Estudos anteriores já apontavam que a erva tinha efeitos positivos na memória de longo prazo e no raciocínio matemático, mas a nova pesquisa focou em algo ainda mais intrigante: a capacidade de lembrar de eventos futuros.

Para testar essa hipótese, os pesquisadores expuseram voluntários ao aroma do óleo essencial de alecrim antes de submetê-los a uma série de testes de memória. Os resultados foram reveladores: aqueles que inalaram a fragrância tiveram um desempenho significativamente superior na lembrança de tarefas programadas.

O segredo por trás do efeito

A chave para esse fenômeno pode estar na substância 1,8-cineol, encontrada no alecrim. Os exames de sangue realizados durante o estudo mostraram que os participantes expostos ao aroma tinham uma maior concentração desse composto no plasma. Esse elemento desempenha um papel fundamental nos processos bioquímicos associados à memória, o que explica o impacto positivo da erva no desempenho cognitivo.

Novos horizontes para a pesquisa

Embora os resultados sejam animadores, os cientistas ressaltam que ainda são necessários mais estudos, principalmente para determinar a eficácia do alecrim em populações com maior propensão ao declínio cognitivo, como idosos. Se futuras pesquisas confirmarem esses achados, o alecrim pode se tornar um recurso natural valioso no combate a problemas de memória.

Enquanto isso, que tal experimentar um difusor de alecrim em seu ambiente de trabalho ou estudo? Além de um aroma revigorante, você pode estar dando um empurrãozinho extra para sua memória!

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