Saúde emite alerta sobre envenenamento por contato com taturana
Contato com taturanas pode levar a quadro hemorrágico grave
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo emitiu um alerta à população sobre os riscos de envenenamento por acidente com taturanas. O contato com esses animais pode resultar em um quadro hemorrágico grave, exigindo tratamento rápido.
Os acidentes envolvendo lagartas representam um problema de saúde pública, com aproximadamente 42 mil casos registrados anualmente no país. A taturana em questão pertence à espécie Lonomia obliqua e é encontrada em países como Brasil, Uruguai e Argentina.
É fundamental que a pessoa acometida receba o soro antilonômico (SALon) em até 12 horas após o início da intoxicação para obter os melhores resultados. Nos últimos cinco anos, foram registrados 685 casos relacionados a esse tipo de acidente, porém, não houve óbitos decorrentes de envenenamento por taturana nos últimos 15 anos.
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O Instituto Butantan, renomado laboratório brasileiro, é o único no mundo responsável pela produção do soro antilonômico. Esse antídoto, obtido a partir do plasma de cavalos imunizados, foi desenvolvido em 1994 e já é amplamente utilizado nos casos de envenenamento por taturana.
Apesar de o número de casos no estado de São Paulo ser relativamente baixo em comparação com outras regiões do país, os dados dos primeiros três meses de 2023 já representam mais de 70% do total registrado no ano passado. Portanto, é importante manter-se alerta em áreas arborizadas onde a presença da taturana é mais comum, especialmente entre os meses de novembro e abril, quando esses animais são mais visíveis.
Envenenamento por contato com taturana
O envenenamento ocorre quando há contato com as cerdas espinhosas que cobrem o corpo da taturana. Os sintomas incluem lesões na pele semelhantes a queimaduras no local do contato, acompanhadas de dor, inchaço e formação de bolhas. Além disso, a pessoa pode apresentar dor de cabeça, ansiedade, náuseas, vômitos e, em casos menos frequentes, dor abdominal, hipotermia e pressão baixa.
A gravidade da intoxicação pode variar, sendo leve nos casos em que apenas os sintomas são tratados, ou mais grave quando ocorre hemorragia interna, necessitando de soroterapia intravenosa. Em 12% dos casos, pode resultar em insuficiência renal aguda, especialmente em indivíduos com mais de 45 anos.
O veneno das taturanas afeta a coagulação do sangue e é especialmente perigoso para idosos ou quando há contato com múltiplos animais simultaneamente. Isso é comum, uma vez que essas lagartas se agrupam nos troncos das árvores durante o dia, quando não estão se alimentando, ou quando ficam próximas ao solo, preparando-se para a fase de casulos, que antecede a transformação em mariposas.
Vale ressaltar que os casulos e mariposas não oferecem risco de contato para os seres humanos.
*Com informações da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.