Ervas que estimulam a memória e protegem o cérebro

Conheça as ervas que podem estimular a memória e a cognição, mas tome cuidado com o uso excessivo

14/12/2024 18:01

Hortelã :Ter plantas medicinais em casa é uma excelente maneira de aproveitar seus benefícios para a saúde de forma natural.
Hortelã :Ter plantas medicinais em casa é uma excelente maneira de aproveitar seus benefícios para a saúde de forma natural. - iStock/Yuliya Taba

A saúde cerebral é um tema de crescente interesse, especialmente quando se trata de prevenir doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Além de um estilo de vida saudável, o consumo de ervas e temperos pode ser uma alternativa natural para melhorar a memória e a cognição. Contudo, é preciso cautela, pois o uso excessivo pode trazer riscos à saúde.

Sálvia: aliada para a memória e cognição

A sálvia, conhecida por seu aroma marcante, é uma das ervas mais estudadas quando o assunto é a saúde cerebral. Ela contém compostos que podem contribuir para a função cognitiva, além de mostrar benefícios no tratamento de doenças como o Alzheimer. Uma revisão de pesquisa de 2017 revelou que a sálvia possui substâncias que ajudam na melhora da função neurológica.

A sálvia também está associada à proteção do cérebro, principalmente devido aos seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, graças a um composto chamado curcumina. Este, por sua vez, é encontrado na cúrcuma, outra erva famosa por suas propriedades benéficas à saúde do cérebro. Estudo de 2010 indica que a cúrcuma pode prevenir o Alzheimer ao reduzir a presença do beta-amilóide no cérebro, proteína que forma as placas associadas à doença.

Ginkgo biloba e ginseng: potenciais estimulantes cognitivos

Outro exemplo notável é o Ginkgo Biloba, amplamente utilizado na medicina tradicional chinesa. Ele é especialmente conhecido por seus benefícios na circulação sanguínea, o que, por consequência, melhora o fluxo de sangue para o cérebro. Embora as pesquisas sobre sua eficácia sejam variadas, um estudo de 2015, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, apontou que o extrato de Ginkgo Biloba pode retardar o declínio cognitivo, especialmente em pacientes com demência.

O Ginseng, uma erva com forte presença na fitoterapia, também se destaca por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Estudo de 2018 sugeriu que o Ginseng pode reduzir os níveis de beta-amilóide no cérebro, retardando o processo de declínio cognitivo relacionado à idade e prevenindo a perda de memória.

Erva-Cidreira: relaxamento e estímulo cognitivo

Comum em chás para combater a insônia e a ansiedade, a erva-cidreira também pode ser benéfica para a memória. Um estudo de 2003 publicado no Journal of Neurology revelou que pacientes com Alzheimer leve a moderado que usaram extrato de erva-cidreira apresentaram melhorias significativas na função cognitiva.

Riscos do uso excessivo de ervas e temperos

Embora as ervas e temperos tragam benefícios para a saúde do cérebro, o uso excessivo pode ser prejudicial. Quando consumidas em grandes quantidades, como nos suplementos concentrados, essas ervas podem apresentar efeitos colaterais, como o risco de sangramentos devido ao efeito anticoagulante do Ginkgo Biloba, cúrcuma e Ginseng.

Além disso, o Ginseng pode causar alterações na pressão arterial e interagir com medicamentos, além de, em casos raros, provocar reações alérgicas graves ou danos ao fígado. Portanto, antes de iniciar qualquer tratamento com ervas ou suplementos, é fundamental consultar um profissional de saúde.