Esta pode ser a principal causa para o Parkinson, alertam especialistas
Descoberta pode mudar o rumo dos tratamentos indicados para a doença
Estima-se que, atualmente, cerca de 200 mil brasileiros apresentam diagnóstico do Parkinson. Objeto de inúmeros estudos nos últimos anos, a causa do distúrbio pode ter sido descoberta por cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
Resultado obtido na investigação revela uma potencial causa da doença, caracterizada pela ação debilitante do cérebro ainda sem cura.
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Descobertas publicadas na revista Molecular Psychiatry mostram que os sintomas de Parkinson podem desencadear-se a partir de DNA danificado que se torna “tóxico” para o corpo.
Causa do Parkinson
Evidência já pontuada pela ciência no passado. A novidade, no entanto, indica que quando as mitocôndrias são danificadas, pequenos fragmentos são liberados na célula e ficam perdidos.
Assim, quando são extraviados esses fragmentos se tornam tóxicos, fazendo com que as células nervosas os expulsem e se espalhem para o resto do cérebro.
As mitocôndrias convertem energia para produzir combustível para as células que constituem o corpo, tornando-as uma força motriz por trás da produção celular.
Ao contrário do resto do corpo, elas possuem seu próprio material genético chamado DNA mitocondrial.
Segundo os pesquisadores, as descobertas estabelecem que a disseminação do material genético danificado, o DNA mitocondrial, causa sintomas que lembram a doença de Parkinson e sua progressão para demência.
Para chegar a conclusões, os investigadores examinaram cérebros humanos e de ratos.
Eles descobriram que os danos nas mitocôndrias nas células cerebrais ocorrem e se espalham quando estas células apresentam defeitos nos genes de resposta antiviral.
Eles procuraram entender por que esse dano ocorreu e como contribuiu para a doença.
Os pesquisadores dizem que a descoberta inovadora é um grande desenvolvimento na compreensão da doença e na progressão para tratamentos futuros.
Quais os sintomas de Parkinson?
Tremores involuntários e rítmicos, geralmente nas mãos, braços, pernas, mandíbula ou face;
Rigidez muscular, que torna os movimentos lentos e difíceis, podem afetar a postura e a mobilidade;
Bradicinesia, que são movimentos lentos e diminuição da capacidade de iniciar movimentos;
Instabilidade postural, como problemas de equilíbrio e postura, o que pode aumentar o risco de quedas;
Alterações na forma como alguém caminha, incluindo passos mais curtos, arrastar os pés e dificuldade em iniciar ou parar o movimento;
Alterações na fala, com voz monótona, arrastada ou mais suave do que o normal, juntamente com dificuldade em articular palavras claramente.
Existe cura?
Embora atualmente não haja cura, certos tratamentos médicos podem oferecer alívio dos seus efeitos.
O tratamento geralmente inclui medicamentos, terapia física e ocupacional, e em alguns casos, cirurgia para controlar os sintomas motores mais graves.
O acompanhamento regular com um neurologista é fundamental para monitoramento do distúrbio.