Este medicamento será investigado por estimular pensamentos suicidas

A análise ocorrerá após o governo da Islândia notificar três casos de suicídio no país

12/07/2023 08:15

Estes medicamentos vão acabar sendo investigados por órgão regulador da Europa
Estes medicamentos vão acabar sendo investigados por órgão regulador da Europa - iStock/ljubaphoto

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) vai investigar o Ozempic e medicamentos similares para perda de peso. O motivo? Estes remédios possivelmente estão gerando casos de pensamento suicida, automutilação e depressão.

O objetivo é investigar medicamentos com semaglutida e liraglutida para reavaliar se são necessárias mudanças na bula do remédio.

A informação é da BBC. Segundo a publicação, a investigação ocorrerá após o governo da Islândia notificar três casos de suicídio no país. Acontece que as mortes podem ter relação com o uso dos medicamentos injetáveis voltados para redução do apetite.

Isso porque a possibilidade de depressão é aceita como um efeito colateral de alguns remédios para emagrecer, mas os casos não são comuns.

O Ozempic é feito à base de semaglutida e criado para o tratamento de pessoas com diabetes. Porém, algumas pessoas usam na perda de peso, atitude condenada pela fabricante. Além do Ozempic, o Saxenda e o Wegovy também serão analisados.

Vale ressaltar que a venda dos medicamentos, como o Ozempic, não estará afetada durante a análise.

O que diz a fabricante?

A fabricante do medicamento, Novo Nordisk, está colaborando com a EMA para a investigação a fim de garantir a segurança dos pacientes. Confira o posicionamento:

Sempre preocupada com a segurança de seus pacientes, a Novo Nordisk monitora continuamente relatos sobre o uso de seus medicamentos. Em todo o mundo, atualmente, mais de 6,3 milhões de pessoas utilizam os medicamentos da companhia baseados em análogos de GLP-1 (liraglutida e semaglutida).

A avaliação de dados de segurança coletados de grandes programas de ensaios clínicos com mais de 25 mil pessoas em todo o mundo, vigilância pós-comercialização e outras fontes relevantes de informação não comprovaram uma associação causal entre o uso de semaglutida ou a liraglutida e pensamentos de suicídio ou de automutilação”, diz o texto.