Estes dois sinais ocultos podem indicar Parkinson
Problemas de saúde passaram a ser considerados como alerta para a doença
Estudo divulgado pela Queen Mary University fez uma descoberta surpreendente ao revelar dois sinais ocultos associados ao Parkinson.
O relatório, publicado na renomada revista científica Jama Neurology, indica que problemas de saúde antes não associados ao diagnóstico da doença podem, na verdade, ser sinais precoces do desenvolvimento da condição. Entre os sinais identificados estão:
a perda auditiva;
epilepsia.
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A principal autora do estudo, Cristina Simonet, destaca a importância da descoberta. “É importante que os profissionais do atendimento primário de saúde estejam cientes dessas ligações e entendam o quão cedo os sintomas de Parkinson podem aparecer”.
Ainda segundo a neurologista, isso permitiria um diagnóstico mais rápido para os pacientes, possibilitando aos médicos agirem prontamente para controlar a condição.
Detalhes do estudo
No estudo, os pesquisadores analisaram os históricos de saúde de mais de 1 milhão de pessoas residentes no leste de Londres entre 1990 e 2018. Dentre esses registros, 1055 pessoas desenvolveram Parkinson durante o período de análise.
Os resultados revelaram que a perda auditiva está associada a um aumento de 66% no risco de desenvolvimento da doença. Para os autores do estudo, isso pode ser resultado das alterações iniciais nas funções cerebrais causadas pelo Parkinson.
Já a associação entre a epilepsia e o Parkinson foi ainda mais significativa. Pacientes que apresentaram histórico de epilepsia tiveram uma chance 2,5 vezes maior de desenvolver a doença de Parkinson em algum momento da vida.
Além disso, a análise dos dados mostrou que os sintomas mais conhecidos do Parkinson, como tremores nas mãos e problemas de memória, podem surgir até mesmo uma década antes do diagnóstico.
O que é o Parkinson?
O Parkinson é uma condição neurológica debilitante que afeta os movimentos de uma pessoa, resultando em tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.
O diagnóstico dessa doença baseia-se na avaliação do histórico clínico do paciente e em exames neurológicos, uma vez que não há testes específicos para detecção.
Embora o Parkinson não tenha cura, a doença tem tratamento, não apenas para combater os sintomas, mas também para retardar seu progresso.
A escala global de impacto desta condição é alarmante: aproximadamente 10 milhões de pessoas ao redor do mundo, com uma média de 200 mil casos registrados somente no Brasil.
Números alarmantes que destacam a necessidade de maior conscientização e esforços contínuos para pesquisa e tratamento do Parkinson.