Estes nutrientes evitam o envelhecimento do cérebro, diz estudo
A chave para esse benefício? A dieta
Um novo estudo lança luz sobre a relação entre a nutrição e o ritmo de envelhecimento do cérebro, revelando como o que comemos pode impactar profundamente nossa saúde mental ao longo do tempo.
A pesquisa, conduzida por cientistas das universidades de Illinois e Nebraska-Lincoln, nos EUA, identificou dois tipos de envelhecimento cerebral: um mais acelerado e outro que desafiava as expectativas, com um ritmo mais lento.
A chave para essa diferença? A dieta. A análise dos biomarcadores dietéticos dos participantes revelou perfis nutricionais ricos em ácidos graxos essenciais, antioxidantes e vitaminas, sugerindo que esses nutrientes desempenham um papel crucial na preservação das funções cognitivas e no retardamento do envelhecimento cerebral.
- Consumo deste alimento provoca queda de cabelo, sugere estudo
- O hábito simples que pode ser um escudo contra a demência
- Estudo aponta para fator que aumenta em 31% o risco de demência
- Parente com demência? Estes são os principais sinais aos quais se atentar
Surpreendentemente, fatores como a idade, o condicionamento físico ou outros aspectos demográficos dos participantes não foram os responsáveis por essa variação. Tudo parecia apontar para o impacto direto dos nutrientes consumidos.
Mas quais são os nutrientes mais benéficos para o cérebro?
O perfil nutricional dos participantes com melhor desempenho cognitivo era semelhante ao da famosa dieta mediterrânea, conhecida por seus benefícios à saúde. Entre os destaques estavam os ácidos graxos do peixe e do azeite de oliva, antioxidantes como a vitamina E, presente em alimentos como espinafre e amêndoas, e carotenoides, encontrados em cenouras e abóboras, que têm efeitos anti-inflamatórios e protetores das células.
Além disso, a colina, nutriente abundante nas gemas de ovos, vísceras e soja crua, foi associada a um envelhecimento cerebral mais lento, destacando sua importância.
Para avaliar o envelhecimento cerebral, os pesquisadores utilizaram exames de ressonância magnética e testes cognitivos detalhados, observando tanto a estrutura e função do cérebro quanto o metabolismo neuronal. Essas avaliações permitiram que a equipe correlacionasse diretamente os resultados cognitivos com os perfis nutricionais dos voluntários.
Combatendo o envelhecimento do cérebro
Esses achados fortalecem a ideia de que a alimentação desempenha um papel central no envelhecimento saudável do cérebro. A equipe de cientistas sugere que intervenções dietéticas baseadas em evidências neurocientíficas podem ser desenvolvidas para promover uma saúde cerebral mais duradoura.
Um ponto importante do estudo foi a metodologia rigorosa: em vez de confiar em relatos dos próprios participantes sobre suas dietas, os pesquisadores analisaram amostras de sangue em busca de biomarcadores nutricionais. Isso garantiu uma visão mais precisa e científica dos hábitos alimentares dos 100 voluntários, com idades entre 65 e 75 anos.
No fim, a pesquisa revelou dois padrões de envelhecimento cerebral, categorizando-os em diferentes “fenótipos” com base na saúde cognitiva e nos marcadores nutricionais, pavimentando o caminho para novas descobertas sobre a relação entre o que comemos e a forma como nossa mente envelhece.