Estes são os 8 fatores mais associados ao risco de demência, segundo estudo

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) projetam uma tendência considerável de aumento casos de demência até 2050

Estudo indica hábitos que podem diminui risco de demência – iStock/Getty Images
Créditos: gorodenkoff/istock
Estudo indica hábitos que podem diminui risco de demência – iStock/Getty Images

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) projetam uma tendência considerável de aumento casos de demência até 2050.  

Especialistas trabalham com um porcentagem de crescimento de até 150% dos casos e levam em conta, sobretudo, o envelhecimento da população, que pode gerar uma verdadeira epidemia de diagnósticos relacionados ao declínio cognitivo. 

Entretanto, estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, nos Reino Unido, indica a possibilidade de um caminho para a prevenção desse cenário através de mudanças em hábitos cotidianos.

Para chegar a esse consenso, o grupo considerou os principais fatores de risco associados à demência, o que levou a crer que 40% dos casos da doença estão ligados a hábitos modificáveis. Os dados para a análise vieram de dois estudos de longa duração, o UK Biobank e o Whitehall II Study, e envolveu mais de 223,7 mil participantes entre 50 e 73 anos.

Apesar de os fatores de risco para demência já serem de conhecimento da ciência, o estudo investigou a relação desses fatores com a incidência de casos da doença.

O resultado mostrou 11 fatores associados a um maior risco para demência nos 14 anos seguintes. Desses, 8 indicadores podem ser mudados, sugerindo que é possível intervir para reduzir o risco.

Demência: a lista de fatores modificáveis inclui:

  • Educação;
  • Histórico e diabetes;
  • Histórico (ou situação atual) de depressão; 
  • Histórico de AVC;
  • Classe socioeconômica mais baixa;
  • Colesterol alto;
  • Viver sozinho;
  • Pressão alta.

Propensão à demência

Para entender a relação entre os fatores e a demência, o time de pesquisadores de Oxford desenvolveu uma pontuação de risco com base nesses fatores. A medição auxiliou na identificação de indivíduos mais vulneráveis à demência para um acompanhamento médico mais específico.

O principal autor do estudo, Raihaan Patel, enfatiza que essa descoberta pode auxiliar na prevenção da doença em muitos casos. Reconhecer os fatores de risco possibilita aos profissionais de saúde identificarem pessoas com maior vulnerabilidade e desenvolverem estratégias eficazes de intervenção.

Prevenir demência é possível

Embora a pesquisa não sugira que a mudança nesses fatores de risco erradicará a demência, ela reafirma a noção de que a prevenção é possível em muitos casos. O conhecimento desses fatores de risco pode ajudar os profissionais de saúde a identificar pessoas em maior risco e a desenvolver estratégias eficazes de intervenção.