Síndrome que afeta o sistema gastrointestinal, a doença de Crohn atinge principalmente o intestino delgado e o cólon. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), a incidência média da doença de Crohn e da retocolite, no Brasil, está em torno de 7 a cada 100 mil habitantes.

Mais comum entre 20 e 40 anos, a doença de Crohn é uma condição séria, que atinge profundamente os tecidos, aumentado o risco de desenvolvimento de câncer no intestino. Sua origem ainda é considerada incerta pelos especialistas. No entanto, uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais também conferem uma forte contribuição para o surgimento da doença. 

Estudos recentes sobre o tema mostram que indivíduos com histórico familiar de doença de Crohn têm uma maior probabilidade de desenvolvê-la.  Alguns genes, vinculados ao sistema imunológico e à reação inflamatória, também são potencialmente fatores de risco para o surgimento da doença.

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Além disso, pesquisas sobre o sistema gastrointestinal revelaram que o sistema imunológico pode ser peça chave para a compreensão das causas da doença. Isso porque a condição se manifesta quando o corpo ataca erroneamente células saudáveis do trato gastrointestinal, produzindo assim uma constante inflamação. Ou seja, essa resposta do sistema imunológico pode gerar danos nas paredes intestinais e sintomas citados anteriormente.

 Já fatores ambientais, entre eles elementos da alimentação, estresse e ansiedade, exposição a bactérias específicas e outros, podem desencadear o surgimento da doença em pessoas geneticamente suscetíveis a seu diagnóstico. O tabagismo também parece contribuir, tanto para o desenvolvimento como para a ocorrência periódica de exacerbações (ataques ou crises) da doença de Crohn.

Sintomas da Doença de Crohn: 

Dor abdominal;
Diarreia crônica às vezes com presença de sangue;
Cólicas;
Febre;
Sangramento retal;
Fraqueza;
Perda de apetite e de peso.
Além disso, lesões na pele, inflamação ocular e cálculos renais podem estar associados à condição.

Como é feito o diagnóstico? 

O médico gastroenterologista pode indicar a realização de exames diversificados, que incluem endoscopia, colonoscopia, raios X, ultrassonografia e ressonância magnética. Essas medidas permitem excluir outros diagnósticos e confirmar a presença da doença.

Tratamento da doença de Crohn

Embora não tenha cura, o tratamento visa reduzir a inflamação e melhorar os sintomas, uma vez que, em estágios avançados, a doença pode causar obstrução intestinal. Nos casos mais graves, o uso de medicamentos imunossupressores e procedimentos cirúrgicos podem se fazer necessários para diminuir a inflamação.

A Doença de Crohn, por ser inflamatória, pode evoluir para complicações sérias quando não tratada corretamente, entre elas constam:

Obstruções intestinais;
Formação de novos canais (fístulas) entre outras partes do intestino ou outros órgãos;
Ocorrência de úlceras (até mesmo na boca);
Aumento do risco de câncer de cólon e reto.

Diminuindo os impactos

Apesar da natureza crônica, pessoas que sofrem com a doença de Crohn podem ter uma vida normal, contanto que o acompanhamento médico seja feito regularmente. Alguns hábitos simples podem auxiliar na prevenção de crises, como:

• ter uma dieta balanceada;
• evitar situações de estresse;
• controlar o peso; praticar atividade física moderada;
• não fumar

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