Estratégias para potencializar a produção de endorfina durante o treino

A sensação de bem-estar após o treino, conhecida como “chapado de endorfina”, traz diversos benefícios; saiba como estimular essa reação natural do corpo

02/06/2025 04:02

A atividade física é a forma mais eficaz e saudável de estimular a liberação de endorfina, ainda que a resposta varie entre as pessoas
A atividade física é a forma mais eficaz e saudável de estimular a liberação de endorfina, ainda que a resposta varie entre as pessoas - iStock/ FG Trade

Quando você chega à academia sem vontade, mas sai renovado, isso é efeito da endorfina — um hormônio produzido durante e após a atividade física que gera sensação de bem-estar. Na internet, essa experiência é conhecida como “estar chapado de endorfina”. Mas será que é possível se viciar nessa substância? E isso representa algum problema?

Endorfina: o hormônio da felicidade

A endorfina é produzida pela glândula hipófise e está ligada à sensação de euforia, alívio da dor e redução do estresse. Ela ajuda a diminuir sintomas de ansiedade, irritabilidade e agitação, além de melhorar a qualidade do sono e aumentar a disposição.

A atividade física é a forma mais eficaz e saudável de estimular a liberação de endorfina, ainda que a resposta varie entre as pessoas. Exercícios aeróbicos de alta intensidade, como corrida e ciclismo, são fortes estimulantes do hormônio, mas até mesmo atividades leves, como uma caminhada ou yoga, podem aumentar seus níveis em sedentários, trazendo benefícios para a saúde física e mental.

Além do tipo e intensidade do exercício, outros fatores como o nível de estresse e a qualidade do sono influenciam a produção de endorfina. Uma noite mal dormida, por exemplo, eleva o estresse e reduz a liberação do hormônio no dia seguinte.

O vício saudável da endorfina e como mantê-la ativa

Entre corredores, existe o termo “runner’s high” para descrever a sensação de alegria e leveza durante a corrida, resultado de picos elevados de endorfina. Essa substância é liberada gradualmente durante a atividade, alcançando um ponto que provoca bem-estar por horas após o exercício.

De certa forma, é possível se “viciar” na endorfina, mas esse é um vício positivo, pois incentiva a prática regular de exercícios.

Além da endorfina, exercícios físicos estimulam outros neurotransmissores relacionados ao prazer e ao equilíbrio emocional, como serotonina, dopamina, adrenalina, irisina e cortisol.

No entanto, após a atividade, os níveis desses neurotransmissores tendem a cair. Para mantê-los estáveis, pequenas práticas ao longo do dia, como meditação, exercícios de respiração e pausas conscientes, ajudam a renovar essa sensação de bem-estar.

Além da endorfina, exercícios físicos estimulam outros neurotransmissores relacionados ao prazer e ao equilíbrio emocional, como serotonina, dopamina, adrenalina, irisina e cortisol
Além da endorfina, exercícios físicos estimulam outros neurotransmissores relacionados ao prazer e ao equilíbrio emocional, como serotonina, dopamina, adrenalina, irisina e cortisol - iStocl/ FG Trade

Tecnologia a favor do bem-estar

Dispositivos como smartwatches auxiliam no monitoramento do corpo durante os treinos, medindo frequência cardíaca, intensidade e duração dos exercícios, além da qualidade do sono. Com esses dados, é possível identificar os melhores estímulos para otimizar a produção de endorfina e o desempenho físico.

Essas tecnologias também ajudam a detectar momentos de estresse, incentivando pausas para meditação ou respiração, modulando o equilíbrio emocional. A interpretação dos dados por profissionais qualificados potencializa os resultados e contribui para a saúde integral do praticante.

A endorfina é, portanto, uma aliada poderosa para a saúde física e mental, e a prática regular de exercícios, aliada a bons hábitos e tecnologias de monitoramento, pode potencializar seus benefícios, promovendo mais qualidade de vida e bem-estar.