Estresse ou burnout? Saiba reconhecer quando a linha é ultrapassada
O burnout é mais comum do que parece e começa com sinais sutis; aprenda a identificar
A síndrome de burnout tem ganhado cada vez mais atenção por refletir um problema crescente nos ambientes de trabalho: a exaustão extrema.

Caracterizada pela fadiga mental, emocional e física, essa condição é reconhecida como um distúrbio ligado diretamente ao trabalho, conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O que diferencia o estresse do burnout?
Embora estejam relacionados, estresse e burnout não são a mesma coisa. O estresse é uma reação natural do corpo diante de situações desafiadoras.
Já o burnout surge quando esse estado de tensão se mantém por tempo prolongado, especialmente em contextos profissionais exigentes.
A sobrecarga de responsabilidades e metas inatingíveis contribui para o desgaste, que pode afetar profissionais de diversas áreas, como saúde, educação, segurança e comunicação.
Quais são os principais sinais da síndrome?
Identificar os sintomas do burnout é fundamental para buscar ajuda. Entre os sinais mais comuns estão:
- Cansaço físico e mental persistente;
- Dificuldade de concentração;
- Sensação de incompetência;
- Dores de cabeça frequentes;
- Alterações no apetite e no sono;
- Mudanças bruscas de humor;
- Palpitações, pressão alta e dores musculares;
- Sentimentos de fracasso, desesperança e isolamento;
- Problemas gastrointestinais e fadiga constante.
Esses sintomas podem evoluir para quadros mais graves, como depressão, se não forem tratados.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento?
O diagnóstico deve ser feito por profissionais da saúde mental, que avaliarão os sintomas e o histórico do paciente.
O tratamento costuma envolver acompanhamento psicológico e, em alguns casos, uso de medicamentos como antidepressivos ou ansiolíticos. A duração varia conforme cada situação, podendo durar de algumas semanas a alguns meses.
Além da abordagem terapêutica, a prática de exercícios físicos regulares é recomendada, pois ajuda a controlar o estresse e melhorar a qualidade de vida.
Caso o tratamento seja negligenciado, o quadro pode piorar, levando à completa perda de motivação.
É possível prevenir o burnout?
A prevenção passa por atitudes simples, mas eficazes: reduzir o excesso de tarefas, reservar momentos para lazer, manter uma rotina saudável, evitar álcool e outras substâncias prejudiciais, e manter diálogo com pessoas de confiança.
Promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal é essencial para evitar que o esgotamento se instale.
O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), oferece atendimento gratuito para quem precisa de ajuda, desde o diagnóstico até o tratamento. Procurar apoio logo nos primeiros sinais pode fazer toda a diferença na recuperação.