Estudo alemão diz que aspirina pode reduzir risco de diabetes
Especialistas acreditam que isso ocorre porque o remédio reduz a inflamação causada pela diabetes
Estudo apresentado na Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) em Hamburgo, na Alemanha, revela que tomar aspirina diariamente pode ajudar a diminuir as chances de desenvolver diabetes.
As evidências obtidas na pesquisa mostram que pessoas com mais de 65 anos que tomavam uma dose baixa de 100 mg do remédio por dia, tinham 15% menos probabilidade de terem diabetes tipo 2.
Os especialistas acreditam que isso ocorre porque o medicamento reduz a inflamação, um dos principais impulsionadores da doença.
- Novo medicamento reduz forma genética do colesterol alto em até 86%
- Descubra o poder da romã para a saúde do coração
- Estudo aponta para fator que aumenta em 31% o risco de demência
- Estudo revela o que pode aumentar expectativa de vida em 5 anos
No entanto, os pesquisadores alertaram que o medicamento só deve ser tomado diariamente se o médico assim orientar, já que há risco aumentado de sangramento e outras consequências na população em geral.
Remédio reduz o risco de diabetes?
Para entender os efeitos da aspirina no diabetes e os níveis de açúcar no sangue após um período sem comer – entre adultos mais velhos, os especialistas analisaram mais de 16 mil pessoas que eram saudáveis no início do período do estudo, sendo que metade recebeu 100 mg de aspirina por dia e as outras receberam placebo.
Cerca de cinco anos mais tarde, 995 pessoas receberam o diagnóstico de diabetes, sendo 459 entre as que tomaram aspirina, em comparação com 536 no grupo do placebo – uma redução de 15%. Além disso, descobriu-se também que elas apresentavam uma taxa de aumento mais lenta nos níveis de glicose plasmática em jejum.
Os resultados mostraram ainda que os agentes anti-inflamatórios, como a aspirina, justificam estudos mais aprofundados na prevenção da diabetes.
Contraindicações
Apesar dos aparentes benefícios, a pesquisa descobriu que a aspirina diária aumentava o risco de sangramentos internos em 38%, sem reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames.
Após essa descoberta, as principais diretrizes de prescrição passaram a recomendar que os idosos tomem aspirina diariamente apenas quando houver uma razão e prescrição médica para isso, como após um ataque cardíaco.