Estudo alerta: este fator pode estar prejudicando o desenvolvimento infantil

Um novo estudo sugere que a luz azul de telas pode afetar o desenvolvimento infantil, afetando na puberdade e no crescimento

19/11/2024 20:03

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets, é uma realidade na infância moderna.

O que pode estar comprometendo o desenvolvimento infantil, segundo estudo
O que pode estar comprometendo o desenvolvimento infantil, segundo estudo - iStock/Jacob Wackerhausen

Mas um estudo, apresentado no 62º Encontro Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica, trouxe à tona uma preocupação: a exposição excessiva à luz azul emitida por esses aparelhos pode estar impactando negativamente o desenvolvimento infantil.

Descobertas do estudo

Pesquisadores da Universidade Gazi, na Turquia, analisaram como a luz azul afeta o crescimento e a puberdade em ratos de 21 dias.

Durante a pesquisa, os animais foram divididos em grupos e expostos a diferentes ciclos de luz: luz normal, seis horas de luz azul e 12 horas de luz azul por dia. 

Os resultados mostraram que os ratos expostos à luz azul, mesmo por períodos menores, apresentaram um crescimento físico acelerado e começaram a puberdade mais cedo do que aqueles expostos apenas à luz natural.

Esses achados chamaram atenção para possíveis impactos em crianças, que passam cada vez mais tempo em frente a telas de dispositivos eletrônicos.

A puberdade precoce acontece quando os hormônios sexuais começam a ser produzidos antes do tempo esperado, resultando em mudanças físicas e hormonais mais cedo. Isso pode ser influenciado por fatores genéticos ou até mesmo ambientais. Entre os sinais da puberdade precoce estão o crescimento acelerado, desenvolvimento dos órgãos reprodutivos e alterações emocionais antes da idade habitual. 

Impacto nos humanos

Embora os dados sejam significativos, o líder do estudo, Aylin Kılınç Uğurlu, fez questão de destacar que os resultados obtidos em ratos não podem ser diretamente aplicados aos humanos.

Contudo, os achados servem de alerta, especialmente considerando que muitas crianças passam longas horas em frente a telas sem supervisão ou controle.

Os cientistas planejam aprofundar os estudos para entender melhor os efeitos de longo prazo da luz azul no desenvolvimento infantil e buscar medidas preventivas.

O que os pais e responsáveis podem fazer?

Apesar de mais pesquisas serem necessárias, é prudente adotar medidas para minimizar a exposição de crianças à luz azul:

  • Estabeleça limites de tempo;
  • Prefira atividades offline, incentivando brincadeiras, leitura e interação social;
  • Desligue as telas antes de dormir;
  • Use filtros de luz azul.