Estudo aponta 2 fatores evitáveis para reduzir o risco de Parkinson
Pesquisadores identificam dois fatores de risco evitáveis para Parkinson, relacionados a golpes na cabeça e agrotóxicos
Pesquisadores da Universidade do Alabama revelam que dois fatores modificáveis podem reduzir a incidência da doença de Parkinson. Descubra quais são e como preveni-los.
Dois fatores evitáveis podem reduzir o risco de Parkinson
Pesquisadores do Departamento de Neurologia da Universidade do Alabama em Birmingham (UAB), nos Estados Unidos, identificaram dois fatores de risco modificáveis associados ao desenvolvimento da doença de Parkinson. O estudo foi conduzido com 1.223 participantes, sendo 808 diagnosticados com Parkinson e 415 saudáveis, com os resultados publicados na revista científica npj Parkinson’s Disease.
De acordo com os cientistas, a doença de Parkinson tem um aumento crescente em todo o mundo, mas mudanças em certos comportamentos e ambientes podem reduzir esse risco. O estudo revelou que dois fatores evitáveis podem estar relacionados a uma parte significativa dos casos da doença.
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Quais são os fatores de risco modificáveis?
Embora fatores como idade e genética não possam ser alterados, os pesquisadores destacaram dois aspectos ambientais que podem ser modificados para reduzir o risco de desenvolver Parkinson. Os fatores identificados no estudo são:
Golpes repetidos na cabeça, comuns em esportes de alto impacto, como o futebol americano.
Exposição a agrotóxicos, como herbicidas e pesticidas.
Esses dois fatores, juntos, podem corresponder a até 33% dos diagnósticos da doença em homens e 25% em mulheres, de acordo com os dados coletados. A pesquisa mostra que esses dois fatores ambientais estão fortemente ligados ao aumento dos casos de Parkinson.
O impacto dos fatores de risco na prevenção do Parkinson
A exposição a agrotóxicos já era reconhecida como um risco para Parkinson, afetando 23% dos pacientes do estudo. Já a relação entre golpes na cabeça e a doença foi uma descoberta recente, que ainda precisa ser confirmada em novos estudos.
A professora Haydeh Payami, autora principal da pesquisa, afirmou que grande parte do aumento da prevalência da doença pode ser atribuída a esses dois fatores evitáveis. “Nossa pesquisa mostrou que muitos casos de Parkinson no Sul dos EUA poderiam ser evitados com mudanças nesses comportamentos e ambientes. Se eliminássemos os produtos químicos tóxicos e tornássemos os esportes de contato mais seguros, muitos casos seriam evitados”, disse Payami.
Prevenção parciais: variabilidade nas regiões
Embora os resultados sejam significativos, os pesquisadores destacam que os números podem variar dependendo da região analisada. Além disso, as descobertas indicam que, embora não seja possível eliminar completamente o risco de Parkinson, uma parcela substancial de casos poderia ser evitada com a redução desses fatores.