Estudo aponta 2 doenças que podem levar à demência; saiba como evitar
A relação ocorre devido ao impacto dessas doenças no cérebro, o que provoca a perda de volume em regiões relacionadas à cognição e à memória
Um estudo, publicado na revista científica Nature Aging, sugere que infecções graves, como gripe intensa e herpes-zóster, podem trazer impactos duradouros para o cérebro e aumentar o risco de demência.
Pesquisadores encontraram uma ligação entre essas doenças e a perda de volume cerebral acelerada, uma condição que, com o tempo, pode prejudicar a cognição e facilitar o desenvolvimento de demência.
Metodologia do estudo
A pesquisa analisou dados de 982 adultos com cognição normal, acompanhados ao longo de 16 anos, e também dados do Estudo Longitudinal de Envelhecimento de Baltimore.
- VALORANT Game Changers 2025: segura a emoção para curtir a competição oficial do jogo
- Wolverhampton x Manchester United: aproveite a odd 3.25 para Matheus Cunha marcar
- Liverpool x Leicester: aproveite a odd 4.00 para Salah marcar primeiro
- Ande esta quantidade de passos por dia e diminua o risco de morte precoce
Para avaliar as mudanças no cérebro ao longo do tempo, foram feitas imagens de ressonância magnética dos participantes.
Ao examinar 15 tipos de infecções, os pesquisadores descobriram que seis delas mostraram forte associação com a perda acelerada de volume cerebral, também conhecida como atrofia cerebral.
Descobertas dos cientistas
Os resultados apontam que a região mais impactada é o lobo temporal, uma área crucial para funções como memória, percepção auditiva, integração da audição e da fala e respostas emocionais. A atrofia nessa região pode enfraquecer essas funções e favorecer o aparecimento de sintomas de demência.
Além das alterações visíveis na estrutura cerebral, o estudo identificou mudanças em 260 proteínas relacionadas ao sistema imunológico dos participantes com histórico de infecções.
Entre essas proteínas, algumas apresentaram efeito protetor, enquanto outras contribuíram para a perda de volume cerebral.
Foi então que, curiosamente, as infecções se mostraram associadas a um aumento das proteínas prejudiciais e a uma redução das protetoras.
Como prevenir?
No caso específico do herpes-zóster, outro estudo complementar, publicado na Nature Medicine, revelou que a vacina Shingrix pode reduzir o risco de demência em até 17% nos anos seguintes à vacinação.
A pesquisa, realizada com dados de 200 mil participantes, indicou que essa vacina oferece proteção especialmente relevante para pessoas acima de 50 anos, uma faixa etária com maior risco tanto de herpes-zóster quanto de demência.
Os pesquisadores sugerem que a vacinação contra infecções graves pode ser uma medida importante para prevenir o declínio cognitivo em longo prazo.
O imunizante está disponível no Brasil em clínicas particulares. A imunização completa requer duas doses, administradas com um intervalo de dois meses. Ela é recomendada para adultos com mais de 18 anos que apresentem maior risco para a doença.