Estudo aponta fator que eleva risco de doenças cardíacas
Novo estudo revela como a exposição ao ruído do trânsito pode elevar o risco de doenças cardiovasculares
A poluição sonora, especialmente o barulho do tráfego, tem se mostrado um fator de risco significativo para a saúde do coração. Um estudo publicado na revista Circulation Research trouxe evidências que apontam a ligação direta entre a exposição ao ruído urbano e o aumento de doenças cardiovasculares.
A pesquisa foi conduzida por renomados especialistas de instituições como o Copenhagen Cancer Institute, o Swiss Tropical and Public Health Institute, a Perelman School of Medicine da Universidade de Filadélfia e o Mainz University Medical Center.

Como o ruído do tráfego afeta o coração
O estudo revelou que a exposição contínua ao barulho de veículos, trens e aeronaves pode elevar consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, incluindo infartos, insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
- Lista de espera do Prouni 2025: Tudo o que você precisa saber
- Série ‘Adolescência’: o alerta de uma pedagoga sobre conversas difíceis que os pais não podem adiar
- Pão nosso de cada dia: herói ou vilão da alimentação?
- Bourbon Shopping São Paulo recebe O Mundo Perdido dos Dinossauros
Os pesquisadores descobriram que um aumento de 10 dBa no nível de ruído pode elevar as chances de desenvolver doenças cardíacas em até 3,2%. Além disso, a poluição sonora também foi associada a uma maior taxa de mortalidade por problemas cardiovasculares, especialmente entre aqueles que estão constantemente expostos a ambientes barulhentos.
Ruído e distúrbios do sono
A interrupção do sono é um dos principais efeitos negativos do excesso de barulho no ambiente urbano. O estudo apontou que a exposição constante ao ruído noturno pode levar ao aumento do estresse oxidativo no sistema vascular e no cérebro.
Isso ocorre porque a fragmentação do sono provoca maior liberação de radicais livres, que podem danificar células e favorecer o desenvolvimento de hipertensão e inflamações crônicas. Além disso, alterações no ritmo circadiano e nas vias genéticas e epigenéticas também podem aumentar a vulnerabilidade a doenças cardiovasculares.

Impactos para além da audição
Embora a perda auditiva seja uma das conseqüências mais conhecidas do ruído excessivo, o estudo destacou que a poluição sonora também desencadeia reações prejudiciais em diversas funções biológicas. Os pesquisadores identificaram que o barulho do tráfego pode afetar o metabolismo, promover inflamações crônicas e prejudicar o funcionamento do sistema cardiovascular. Esses achados reforçam a necessidade de olhar para a poluição sonora como um problema de saúde pública que vai além dos efeitos auditivos.
Medidas para reduzir os danos do ruído
Para minimizar os efeitos nocivos da poluição sonora, o estudo sugere a implementação de leis mais rigorosas de controle de ruído, além da ampliação de campanhas de conscientização sobre seus impactos na saúde cardiovascular. O professor Thomas Münzel, um dos principais autores da pesquisa, alerta que o aumento da população exposta ao barulho urbano faz com que medidas de controle se tornem urgentes para evitar uma crise de saúde pública.
Sinais de alerta para doenças cardiovasculares
Diante da relação entre poluição sonora e doenças do coração, é fundamental reconhecer os sintomas que indicam problemas cardiovasculares. Entre os sinais de alerta estão dor no peito, falta de ar, fadiga, palpitações, tontura e inchaço no corpo.
No caso das mulheres, sintomas digestivos como náuseas, azia e indigestão podem ser indicativos de doenças cardíacas. Além disso, uma tosse persistente ou chiado no peito pode ser um sintoma de insuficiência cardíaca congestiva. Diante de qualquer um desses sintomas, é essencial buscar orientação médica.
Os achados do estudo reforçam a necessidade de considerar o ruído do tráfego como um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares e estimulam a implementação de medidas eficazes para reduzir a exposição da população à poluição sonora.

Arritmia cardíaca: cuide do seu coração desde a manhã
Acordar pode ser um desafio para quem sofre de arritmias cardíacas, especialmente pela manhã. Fatores hormonais e a transição entre sistemas nervosos aumentam o risco. Com sintomas como palpitações e falta de ar, é crucial buscar orientação médica para proteger a saúde cardiovascular. Saiba mais sobre o tema na Catraca Livre.