Estudo aponta que tatuagens podem aumentar risco de câncer
Pesquisa aponta que tatuagens podem elevar o risco de linfoma em 21%
Um estudo da Universidade Lynd, na Suécia, revelou que tatuagens podem estar associadas a um aumento de 21% no risco de câncer no sistema linfático.
Publicado na revista eClinicalMedicine, o estudo não encontrou correlação entre o tamanho da tatuagem e o risco da doença.
Tatuagens e o risco de câncer no sistema linfático
O estudo incluiu 11.905 participantes com idades entre 20 e 60 anos. Desses, 2.938 tinham linfoma, e 54% desse grupo responderam a um questionário sobre tatuagens.
Entre os diagnosticados com linfoma, 21% tinham tatuagens, comparado a 735 pessoas sem linfoma no grupo de controle.
Após ajustar para variáveis como tabagismo e idade, os pesquisadores confirmaram que pessoas tatuadas têm um aumento de 21% no risco de desenvolver linfoma.
Tipos comuns de linfoma
Os subtipos mais comuns identificados foram linfoma difuso de grandes células B, linfoma de Hodgkin e linfoma folicular. Os pacientes diagnosticados com linfoma de Hodgkin eram, em média, mais jovens, com cerca de 36 anos.
A ligação entre tatuagens e câncer
Os pesquisadores sugerem que a relação entre tatuagens e câncer pode ser explicada pela “inflamação de baixo grau” provocada pela tinta da tatuagem.
Segundo Christel Nielsen, médica que liderou o estudo, a tinta injetada na pele ativa o sistema imunológico, que transporta parte da tinta para os linfonodos.
Contudo, os autores enfatizam que o estudo não estabelece uma relação causal direta. Eles afirmam que o linfoma é uma doença rara e que mais pesquisas são necessárias para confirmar esses achados.
Tipos de linfoma
De acordo com o Inca, os linfomas são cânceres que se originam nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco crucial para o sistema imunológico.
Eles se dividem em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. O linfoma de Hodgkin é caracterizado pela presença de células de Reed-Sternberg e é mais comum em jovens adultos.
Já o linfoma não-Hodgkin inclui mais de 60 subtipos, variando de formas indolentes a formas agressivas.
Sintomas comuns de linfoma
Os linfonodos inchados no pescoço, axilas ou virilha, a febre sem causa aparente, os suores noturnos intensos e a perda de peso significativa são os sinais mais frequentes de linfoma. A fadiga constante e a falta de energia também são sintomas comuns.
Tratamento do linfoma
O tratamento do linfoma depende do tipo específico, da extensão da doença e da saúde geral do paciente. A quimioterapia é frequentemente usada para destruir células cancerígenas, enquanto a radioterapia pode ser aplicada a áreas específicas do corpo.
A imunoterapia ajuda o sistema imunológico a combater o câncer e é especialmente útil para linfomas não-Hodgkin; em casos mais agressivos, os médicos podem recomendar um transplante de células-tronco.
A vigilância ativa pode ser apropriada para linfomas de crescimento lento, onde o tratamento imediato não é necessário. Nesse caso, o paciente é monitorado regularmente para avaliar a progressão da doença.
O tratamento do linfoma é, portanto, multifacetado, combinando diversas abordagens para maximizar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais.