Estudo aponta relacionamento entre colesterol e risco de demência

Mudanças nos níveis de colesterol podem ser um alerta para o risco de demência. Veja como reduzir os riscos

06/02/2025 08:57

Manter os níveis de colesterol sob controle e evitar grandes flutuações ao longo do tempo são medidas importantes para prevenção de demência
Manter os níveis de colesterol sob controle e evitar grandes flutuações ao longo do tempo são medidas importantes para prevenção de demência - iStock/Naeblys

A demência é comumente associada a problemas como perda de memória e confusão mental. Porém, um novo fator de risco que tem ganhado atenção refere-se a flutuações nos níveis de colesterol. Um estudo recente sugere que essas mudanças ao longo do tempo podem ser indicativas de maior risco para o desenvolvimento de demência.

Após um acompanhamento de mais de cinco anos, a pesquisa revelou que indivíduos com as maiores variações nos níveis de colesterol total tinham 60% mais chances de desenvolver demência e 23% mais probabilidade de apresentar declínio cognitivo, quando comparados àqueles com menores variações. A pesquisa foi publicada no periódico da American Heart Association.

O papel do colesterol no desenvolvimento de demência

Embora o colesterol não penetre diretamente no cérebro, ele é um fator essencial para a saúde cardiovascular. A relação entre doenças do coração e problemas cognitivos é bem documentada, já que condições como derrames podem provocar a demência vascular, que resulta de danos nos vasos sanguíneos cerebrais.

O impacto das flutuações nos níveis de colesterol

As flutuações nos níveis de colesterol (total e LDL) referem-se a mudanças significativas nos índices em um período de tempo relativamente curto. De acordo com os pesquisadores, esses aumentos e diminuições podem afetar a estabilidade das placas ateroscleróticas nas artérias, que são compostas, principalmente, por colesterol LDL. A desestabilização dessas placas pode aumentar o risco de bloqueios que prejudicam o fluxo sanguíneo para o cérebro.

Embora o estudo tenha identificado a relação entre essas flutuações e o aumento do risco de demência, os pesquisadores enfatizam que ainda são necessários mais estudos para entender os mecanismos que causam tais variações e seu impacto direto sobre a saúde cognitiva.

Como controlar o colesterol e reduzir os riscos

Manter o colesterol sob controle é essencial não apenas para a saúde do coração, mas também para o bem-estar cerebral. Algumas práticas recomendadas para manter os níveis de colesterol equilibrados incluem:

  • Adotar uma dieta saudável, como as dietas mediterrânea ou DASH, ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis.
  • Praticar exercícios regularmente, com pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana.
  • Evitar o consumo de álcool em excesso e o tabagismo.
  • Controlar o peso e limitar o consumo de gorduras saturadas e trans.

    Além disso, indivíduos com colesterol alto podem precisar de medicação, sempre sob supervisão médica. A monitorização periódica dos níveis de colesterol é fundamental para identificar quaisquer alterações e discutir com um profissional de saúde o impacto dessas mudanças.

 

Sintomas de demência: identificação precoce é crucial

Os sintomas de demência incluem perda de memória, dificuldade de comunicação e desorientação. Identificar sinais precoces pode ajudar no tratamento e melhorar a qualidade de vida. Profissionais de saúde alertam para a importância de buscar diagnóstico médico ao notar mudanças cognitivas significativas. Clique aqui para saber mais.