Estudo descobre método que faz remédio agir mais rápido
O jeito que uma pessoa toma remédios orais, como analgésicos, pode fazer a diferença na agilidade de seu efeito.
O jeito que uma pessoa toma remédios orais, como analgésicos, pode fazer a diferença na agilidade de seu efeito. Isso porque, segundo descoberta feita por pesquisadores da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, o segredo está na maneira como a pessoa está posicionada.
A maneira mais eficaz é deitar-se sobre o lado direito ao se medicar, já que a posição trará alívio mais rápido da dor. Da mesma forma que, posicionar-se do lado contrário, poderá retardar consideravelmente a dissolução da pílula e, consequentemente, o seu efeito.
Outras fatores sobre os efeitos do remédio?
Ainda de acordo com os autores do estudo, embora a administração oral de medicamentos seja mais comum, é a maneira mais complexa de um ingrediente farmacêutico ser absorvido pelo corpo. Isso porque o método pode sofrer interferências por uma série de fatores, como o conteúdo do estômago, a dinâmica do fluido gástrico e as contrações musculares.
- Estes populares remédios aumentam risco de cegueira, diz Harvard
- Conheça 4 exercícios para diminuir a tensão na mandíbula
- 5 dicas infalíveis para aliviar a ressaca e recuperar-se rápido
- Por que estes aditivos podem causar problemas de saúde?
Rajat Mittal, um dos pesquisadores da Universidade Johns Hopkins envolvidos no estudo, descreveu os resultados observados no artigo publicado na revista científica News Medical. “Quando a pílula chega ao estômago, o movimento das paredes do estômago e o fluxo do conteúdo dentro dela determinam a velocidade com que ela se dissolve. As propriedades da pílula e do conteúdo estomacal também desempenham um papel importante”, explicou.
As contrações do estômago podem induzir pressão e gerar trajetórias complexas para pílulas. Isso resulta em taxas variáveis de dissolução do remédio e esvaziamento não uniforme da droga no duodeno.
Como chegaram à conclusão?
Para entender os impactos da postura na absorção dos ativos farmacêuticos, os cientistas utilizaram um simulador baseado na anatomia e morfologia realista do estômago.
Com equipamento em mãos, a equipe investigou o efeito da postura corporal e a movimentação muscular do estômago na quantidade da droga absorvida para um efeito ativo. Assim, o modelo foi capaz de calcular quanto de ativo analgésico foi liberado em cada uma das posições testadas.
Outras posições
De acordo com o estudo, as diferentes simulações mostraram que as alterações posturais podem ter um efeito de até 83% na absorção da pílula.
O professor Mittal destaca, por exemplo, que, ficar em pé ao tomar uma pílula, é uma boa postura, já que o estômago está posicionado de forma assimétrica e essa posição desliza as pílulas em direção à saída do estômago. “Se uma pessoa se deita para tomar a pílula, devido à assimetria do posicionamento do estômago, a dissolução da droga diminui um pouco em comparação com a posição ereta”, explica.