Estudo descobre proteína que espalha câncer de pele

As descobertas podem abrir caminho para o desenvolvimento de novas maneiras de combater a propagação do melanoma

Por: Redação

Pesquisadores da Queen Mary University of London identificaram uma proteína responsável por espalhar o melanoma, tipo mais severo de câncer de pele, e torná-lo mais agressivo.

Essa proteína chamada LAP1 dá às células cancerígenas a capacidade de mudar a forma de seu núcleo – uma característica que permite que elas migrem e se espalhem pelo corpo.

Pesquisadores descobrem proteína que auxilia o espalhamento do câncer de pele
Créditos: JodiJacobson/istock
Pesquisadores descobrem proteína que auxilia o espalhamento do câncer de pele

As descobertas lançam luz sobre um mecanismo de progressão do melanoma e podem abrir caminho para o desenvolvimento de novas maneiras de combater a propagação da doença.

A disseminação do câncer ou “metástase” é a principal causa de morte por câncer. Para metástase, as células cancerígenas precisam se desprender do tumor primário, viajar para outra parte do corpo e começar a crescer lá. No entanto, o ambiente denso de um tumor torna isso fisicamente difícil para as células cancerígenas.

No estudo, financiado pela Cancer Research UK e publicado na Nature Cell Biology, os pesquisadores descobriram que células agressivas de melanoma abrigavam altos níveis de uma proteína chamada LAP1, e que o aumento dos níveis dessa proteína estava associado a um mau prognóstico em pacientes com melanoma.

Quando a equipe bloqueou a produção da proteína LAP1 em células agressivas, no entanto, elas foram menos capazes de se mover.

O professor Sanz-Moreno disse que está interessado em entender como as células cancerígenas se comunicam com seu ambiente para promover seu crescimento e disseminação

“Como o LAP1 é expresso em níveis tão altos nas células metastáticas, interferir nessa maquinaria molecular pode ter um grande impacto na disseminação do câncer. Atualmente, não há medicamentos que tenham como alvo o LAP1 diretamente, portanto, olhando para o futuro, gostaríamos de investigar maneiras de atingir o LAP1 e o envelope nuclear para ver se é possível bloquear esse mecanismo de progressão do melanoma”, explicou.