Estudo encontra tipo sanguíneo com maior risco de câncer no estômago

Estudo realizado na Alemanha observou 5,8 mil pessoas para relacionar os fatores

03/11/2023 01:00

Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025 – iStock/Getty Images
Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025 – iStock/Getty Images - Getty Images

Uma possível conexão entre o tipo sanguíneo e o risco aumentado de câncer no estômago foi identificada por estudo realizado na conceituada instituição de ensino alemã University Hospital Magdeburg.

Para compreender a relação entre os fatores observados, a pesquisa analisou mais de 5.800 pessoas com essa doença e examinou informações provenientes de 10 estudos genômicos realizados em toda a Europa.

Todo esse esforço indicou alguns pontos relevantes sobre a pesquisa de câncer no estômago, confirmando, por exemplo, que os processos moleculares associados ao câncer gástrico variam significativamente, dependendo da gravidade do subtipo da doença.

Além disso, foi possível identificar parâmetros concretos ao determinar o perfil de risco genético. Estudos anteriores já haviam apontado que cinco seções do DNA humano estão relacionadas aos subtipos de câncer gástrico.

O estudo alemão reforçou essas descobertas e identificou mais duas seções de DNA associadas a um risco aumentado de câncer gástrico.

Tipo sanguíneo mais associado ao câncer de estômago

Os resultados obtidos no estudo mostram que o tipo sanguíneo desempenha um papel considerável na suscetibilidade à doença, sendo o tipo A associado ao maior risco. Enquanto o grupo sanguíneo O apresentou menor risco em relação a esse tipo de câncer.

Outros fatores de risco, no entanto, também estão associados à doença. São eles:

  • Presença da bactéria Helicobacter pylori causando inflamação na mucosa gástrica;
  • avanço da idade;
  • alta ingestão de sal;
  • excesso de carne também contribui para o desenvolvimento do câncer gástrico.

Além disso, há evidências de que a azia crônica aumenta o risco de certos tipos de tumores na região entre o estômago e o esôfago.